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'Invasão russa da Ucrânia seria desastre político', diz Boris Johnson

Primeiro-ministro britânico afirmou que apoio aos ucranianos não significa hostilidade contra a Rússia, mas sim defesa à democracia

Internacional|Do R7

Boris Johnson (à esq.), ao lado de Volodymyr Zelensky, em visita à Ucrânia
Boris Johnson (à esq.), ao lado de Volodymyr Zelensky, em visita à Ucrânia

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, advertiu nesta terça-feira (1º) que uma invasão da Ucrânia seria um "desastre político, humanitário e militar para a Rússia e o mundo".

"Mais de 100 mil militares russos estão concentrados na fronteira. Talvez seja a maior demonstração de hostilidade à Ucrânia ao longo de nossa vida", comentou Johnson em entrevista coletiva conjunta com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski.

Johnson lembrou que também existe a ameaça da "possível mobilização" dos 30 mil militares que Moscou utilizou em 2014 para invadir a península da Crimeia.

"A Ucrânia tem estado atolada em quase uma década de conflito", disse o premiê, lamentando as mais de 14 mil pessoas mortas no conflito que começou em 2014 no Donbass. O governante britânico assegurou que o seu país e os demais "serão julgados pelos ucranianos e pelo resto do mundo" pela resposta à ameaça russa.


Johnson ressaltou que desde 2015 Londres já treinou mais de 20 mil soldados ucranianos e forneceu 2,2 milhões de libras (R$ 15,6 milhões) "em equipamento militar não letal".

"Há 15 dias enviamos armas antitanque para reforçar as defesas ucranianas", frisou, ao acrescentar que o Reino Unido e outras nações preparam "um pacote de sanções e mais medidas que serão implementadas assim que a primeira bota russa pisar o território ucraniano".


O premiê negou que essas medidas sejam uma "demonstração de hostilidade contra a Rússia", mas uma demonstração de apoio "à liberdade, à democracia e à soberania da Ucrânia diante da ameaça russa".

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Ao pedir que seja evitado um "banho de sangue" na Ucrânia antes de viajar para Kiev, Johnson antecipou que pretende falar por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, na volta a Londres.


Por sua parte, Zelenski disse que discutiu medidas para conter a Rússia com o primeiro-ministro britânico.

"A minha opinião já é sabida. A palavra contenção mostra a sua lógica. Quaisquer medidas são eficazes antes, e não depois. É melhor prevenir do que remediar", declarou o mandatário ucraniano.

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