Internacional Irã promete vingar 'assassinato' do general Soleimani pelos EUA

Irã promete vingar 'assassinato' do general Soleimani pelos EUA

Há três anos, o comandante da Guarda Revolucionária foi morto em um ataque com drone americano realizado no Iraque

AFP

Resumindo a Notícia

  • O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, prometeu vingar o ataque contra Qasem Soleimani
  • O comandante da Guarda Revolucionária foi morto em um ataque realizado pelos EUA
  • Soleimani foi assassinado em Bagdá, no Iraque
  • Na época, o Irã tentou alguns ataques contra bases dos EUA, mas nenhum militar morreu
Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, durante discurso em homenagem a Qasem Soleimani

Presidente do Irã, Ebrahim Raisi, durante discurso em homenagem a Qasem Soleimani

Atta Kenare/AFP - 3.1.2023

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, prometeu nesta terça-feira (3) “vingar” o “assassinato” do influente general iraniano Qasem Soleimani, morto pelos Estados Unidos há três anos em um ataque com drones durante um deslocamento no Iraque.

"Não esquecemos e não esqueceremos o sangue do mártir Soleimani", afirmou Raisi durante um ato em Teerã pelo terceiro aniversário de morte, que contou com a presença de milhares de pessoas.

O então presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou em 3 de janeiro de 2020 o assassinato, com um ataque de drones, do comandante da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica do Irã.

Antes de morrer, Soleimani chefiava a Força Quds, braço internacional da Guarda Revolucionária, e era um dos mais conceituados líderes militares do país, sendo considerado um herói da devastadora guerra do Irã com o Iraque na década de 1980.

Raisi alertou os "assassinos e organizadores" do ataque que "a vingança de sangue do mártir Soleimani será uma realidade e aqueles que cometeram o assassinato não podem dormir tranquilos".

No ano passado, o presidente iraniano havia culpado Trump pela morte do comandante e jurou que o vingariam, fosse com julgamento, fosse com morte. Teerã também "identificou e acusou 154 pessoas, 96 delas americanas".

Na época, o Pentágono justificou essa investida pelo fato de Soleimani "ter desenvolvido planos para atacar diplomatas americanos e membros dos serviços no Iraque" e no resto do Oriente Médio.

No entanto, o Hezbollah libanês disse nesta terça-feira que Washington não alcançou os objetivos. “Nosso eixo se fortaleceu com seu sangue", declarou Hasan Nasrallah, líder dessa organização xiita aliada ao Irã.

Soleimani foi morto junto com o general iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis em um ataque de drones dos EUA perto do aeroporto de Bagdá, a capital do Iraque. O Irã respondeu alguns dias depois com bombardeios contra bases que abrigavam soldados americanos no Iraque, mas nenhum militar foi morto.

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