Israel pede à ONU que não acredite nos números do Hamas sobre vítimas em Gaza
Porta-voz do Exército israelense disse ainda que as forças militares 'estão fazendo todo o possível para minimizar os danos aos civis'
Internacional|Do R7
O porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), Jonathan Conricus, declarou nesta segunda-feira (30) a jornalistas credenciados na ONU que as Nações Unidas e as organizações humanitárias "devem ter extrema cautela com o número diário de mortos no conflito na Faixa de Gaza divulgado pelo Hamas".
"A ONU acredita que esses números sejam confiáveis, mas eu seria muito cauteloso quanto à veracidade de qualquer coisa que venha de Gaza", disse Conricus em uma entrevista coletiva por videoconferência, na qual enfatizou que as forças israelenses "estão fazendo todo o possível para minimizar os danos aos civis".
As Nações Unidas usam as estatísticas do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza — território controlado pelo Hamas — em seus relatórios diários, que estimam o número de pessoas mortas pelos ataques israelenses em mais de 8.000, incluindo mais de 3.000 menores de idade e mais de 2.000 mulheres.
"Eles constantemente aumentam esses números, nunca dizem quantas dessas vítimas são combatentes e, por algum motivo, sub-representam a faixa etária de 17 a 35 anos", argumentou.
"Infelizmente, vemos esses números sendo usados por muitos na imprensa internacional", acrescentou Conricus, que também comentou os diferentes dados do ataque que atingiu o hospital Al Ahly, na Cidade de Gaza (pelo qual israelenses e palestinos se culparam mutuamente), como um exemplo de "propaganda" do Hamas.
Ele lembrou que o Ministério da Saúde de Gaza informou inicialmente que 500 crianças haviam morrido, mas as investigações da União Europeia indicaram um número de vítimas que poderia variar de 10 a 50. Já os Estados Unidos falam "entre um e 300 menores mortos".
Números em xeque
O grupo terrorista palestino Hamas publicou na quinta-feira passada (26) uma relação com os nomes de mais de 6.700 pessoas que constam de seu balanço de mortos nos bombardeios à Faixa de Gaza, em represália ao violento ataque executado por milicianos islamitas em 7 de outubro.
A lista, com 6.747 nomes, foi publicada para responder às declarações do presidente americano, Joe Biden, que também pôs em dúvida a veracidade dos números divulgados pelos terroristas. As informações da lista ainda não puderam ser confirmadas de forma independente.
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