Kim Jong-un inspeciona academia militar em meio a relatos de envio de soldados para a Rússia
Visita do líder norte-coreano à principal academia militar do país ocorre em meio a suspeitas de envio de soldados para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia
Internacional|Do R7

O líder norte-coreano Kim Jong-un visitou, nesta terça-feira (25), a Academia Militar Kang Kon, um dos principais centros de formação de oficiais do país.
A inspeção ocorre em meio a relatos crescentes de que a Coreia do Norte estaria enviando soldados para reforçar as fileiras russas na guerra contra a Ucrânia.
Acompanhado de altos membros do Partido dos Trabalhadores da Coreia e das Forças Armadas, Kim Jong-un prestou homenagens ao general Kang Kon, figura histórica da luta contra o Japão e primeiro chefe do Estado-Maior do Exército Popular da Coreia. Durante a visita, o líder assistiu a demonstrações de artes marciais e treinamentos militares.
Em seu discurso, Kim reforçou a necessidade de fortalecer o treinamento militar e modernizar as instalações de ensino, enfatizando que a preparação dos oficiais é essencial para a manutenção do poder do regime. No entanto, a visita também pode ser vista como uma tentativa de enviar um recado à comunidade internacional, mostrando que Pyongyang está disposta a desempenhar um papel mais agressivo.
A visita acontece em um momento sensível da política externa norte-coreana. Recentes relatórios de inteligência apontam que Pyongyang estaria enviando militares para atuar ao lado das tropas russas na Ucrânia, reforçando o apoio de Kim a Vladimir Putin em um conflito condenado pela maior parte da comunidade internacional. O Kremlin, por sua vez, não confirmou oficialmente a presença de soldados norte-coreanos no front, mas as evidências apontam para um possível acordo que pode trazer consequências imprevisíveis.

Washington e seus aliados acompanham de perto a crescente cooperação entre Moscou e Pyongyang. Recentemente, os Estados Unidos acusaram a Coreia do Norte de fornecer mísseis e munição para a Rússia, um movimento que não apenas desafia sanções internacionais, mas também fortalece um eixo de potências autocráticas dispostas a remodelar a ordem global por meio da força.

A inspeção de Kim Jong-un à academia militar reafirma a importância que o regime atribui ao fortalecimento das Forças Armadas, especialmente em um período de alianças militares cada vez mais questionáveis com a Rússia.
O desdobramento desse cenário segue sendo observado pela comunidade internacional, que analisa os impactos desse alinhamento na estabilidade global e no equilíbrio de forças entre as grandes potências.