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Macri anuncia medidas para tentar salvar economia e imagem eleitoral

Após derrota nas primárias das eleições na Argentina, atual presidente vai congelar o preço dos combustíveis e reduzir impostos para classe média

Internacional|Cristina Charão, do R7, com agências internacionais

Colapso financeiro após eleições primárias piorou situação da Argentina
Colapso financeiro após eleições primárias piorou situação da Argentina Colapso financeiro após eleições primárias piorou situação da Argentina

O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou nesta quarta-feira (14) algumas medidas para tentar fazer frente ao colapso dos mercados financeiros provocado pela esmagadora vitória da oposição nas eleições primárias de domingo. O anúncio de medidas como o congelamento de preços dos combustíveis, bônus salariais e redução de impostos para a classe média também tem como foco recuperar sua imagem política, afetada pela crise econômica que atinge a Argentina.

A vitória esmagadora de Fernández nas eleições primárias de domingo foi um duro golpe às chances de reeleição de Macri. Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Fernández como sua companheira de chapa, liderou as eleições primárias com uma margem de 15 pontos percentuais à frente de Macri, bem mais do que o esperado.

SAIBA MAIS: Após vitória em primárias, Alberto Fernández fala em 'nova Argentina'

O resultado afetou os mercados financeiros, que têm preferência pelo atual presidente e são contrários às políticas econômicas intervencionistas do governo anterior.

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Macri, no entanto, apresentou suas propostas como sendo para "aliviar" a situação dos argentinos, num claro movimento para tentar recuperar-se politicamente.

Entre as medidas que fazem parte do pacote anunciado hoje estão um aumento no salário mínimo, bônus salariais para funcionários da iniciativa privada e públicos, alívio da carga tributária para a classe média, uma moratória para pequenas e médias empresas e o congelamento dos preços dos combustíveis por 90 dias.

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Medidas eleitorais

A grave situação da economia argentina, que marca a sua gestão à frente da Casa Rosada, é apontada como responsável direta pelo mau resultado eleitoral. A inflação em alta e a crise cambial afetam diretamente os argentinos, que assistem um crescimento da pobreza e crises no mercado de trabalho.

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O governo elevará em 20% o piso a partir do qual os empregados pagam o imposto sobre a renda, dará dois pagamentos extras — até as eleições de outubro — às famílias que utilizam o subsídio por pobreza e devolverá impostos a trabalhadores.

"As medidas que tomei e que vou compartilhar com vocês agora são porque eu escutei vocês. Ouvi o que vocês queriam me dizer no domingo", disse Macri.

"Essas são medidas que trarão alívio para 17 milhões de trabalhadores e suas famílias", disse Macri, em uma mensagem gravada antes da abertura do mercado.

Anúncio de Macri não surtiu efeito nos mercados

O conjunto de medidas terá um custo fiscal de 40 bilhões de pesos (678 milhões de dólares).

Os anúncios de Macri feitos nesta quarta, no entanto, não conseguiram acalmar o mercado de câmbio em um dia de perdas nas bolsas internacionais. O peso caía 12,3%, a 61 por dólar, e acumula perdas de quase 26% na semana.

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