Mundo toma medidas de proteção ante propagação da Covid na China
Países como Estados Unidos, França e Reino Unido estabeleceram a exigência de testes negativos da doença de viajantes orientais
Internacional|Do R7
Países com hubs importantes, como Reino Unido e França, decidiram, nesta sexta-feira (30), exigir testes de Covid dos viajantes procedentes da China, devido a preocupações consideradas compreensíveis pela OMS diante da nova onda da pandemia no gigante asiático.
Espanha, Coreia do Sul e Israel também anunciaram medidas semelhantes às tomadas em dias anteriores por Estados Unidos, Itália, Japão, Índia e Taiwan, entre outros importantes destinos de negócios e lazer.
As decisões foram aceleradas pela rápida propagação da Covid-19 na China desde o começo do mês, quando o país suspendeu repentinamente as restrições sanitárias.
Tanto o Reino Unido quanto a França indicaram que irão exigir dos viajantes procedentes da China um teste de Covid negativo antes da entrada no país. Outros testes aleatórios serão realizados na França após o pouso, e os testes positivos serão sequenciados, a fim de detectar possíveis novas variantes do vírus, informou um funcionário do governo em entrevista coletiva.
O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) considerou esses testes "injustificados" na União Europeia, devido ao alto nível de imunidade entre a população do bloco e à presença das mesmas variantes do que na China. Mas cientistas ocidentais expressaram o temor de que a rápida propagação do vírus no território chinês propicie o surgimento de novas variantes.
A Alemanha pediu o aumento da vigilância nos aeroportos europeus, para poder detectá-las. O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que os controles são compreensíveis, porque "servirão para proteger a população" diante do silêncio chinês sobre a evolução da pandemia.
O governo chinês julgou que as medidas de precaução são resultado de "exagero, difamação e manipulação política" orquestrados pela imprensa ocidental. "Desde o surgimento da epidemia, a China compartilha informações e dados confiáveis com a comunidade internacional, incluindo a OMS, de forma aberta e transparente", afirmou hoje um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
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