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"Não vamos negociar para sempre com o Irã", afirma John Kerry

Internacional|Do R7

(Atualiza com mais declarações). Viena, 24 nov (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, confirmou nesta segunda-feira que as negociações nucleares com o Irã se prorrogarão por sete meses, mas alertou que as potências ocidentais "não permanecerão para sempre na mesa de negociações". Em entrevista à imprensa em Viena após seis dias de intensas negociações, Kerry disse que as conversas são "duras" e que o objetivo não é conseguir "qualquer acordo, mas o acordo correto". "Nos últimos dias, fizemos substancial progresso com novas ideias. Por isso estendemos as conversas por sete meses, com o objetivo de alcançar um acordo político em quatro meses", explicou o secretário de Estado. "No final desses quatro meses, se não entrarmos em acordo em relação ao principal elemento, e não enxergarmos um caminho claro, então poderemos reencontrar-nos para ver como seguir adiante", acrescentou. "Nosso objetivo é prático, não ideológico ou político", declarou Kerry, que pediu ao Congresso dos Estados Unidos, que estará a partir de janeiro dominado pelos republicanos, que apoie os negociadores em seus esforços. "Hoje p Irã parou o progresso de seu programa nuclear e deu marcha à ré (em seu programa nuclear) pela primeira vez em uma década", ressaltou o secretário de Estado. "O mundo é mais seguro que há um ano. É mais seguro do que era antes que fechássemos o acordo interino (de Genebra)", em novembro de 2013, comentou Kerry na entrevista coletiva. O chefe da diplomacia americana se dirigiu ainda aos que se mostraram céticos sobre o sentido destas negociações, argumentado que a decisão de seguir com os contatos representa "manter aberto o caminho para uma solução pacífica". Por isso, disse, seria "tolice" abandonar um processo no qual se investiu tanto tempo e que até agora fez do mundo um lugar mais seguro. Kerry se referiu também a um dos grandes empecilhos na negociação, a suspensão das sanções internacionais que afogam a economia iraniana. O secretário de Estado lembrou que, para começar, foi essa política que forçou Teerã a negociar e reiterou a vontade de acabar com as sanções. "Queremos que o povo do Irã receba um alívio econômico", prometeu. Mas para isso, advertiu, o Irã ainda tem que dar passos decisivos destinados a dar resposta às "graves perguntas que o mundo tem sobre o programa atômico iraniano". "Vamos suspender as sanções conforme se chegue a um acordo. Não chegamos ainda a um acordo", concluiu Kerry. EFE jk-ll/rsd

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