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OEA condena de forma unânime ataque 'golpista' em Brasília

Representantes dos 34 países que formam o grupo rechaçaram as invasões e destruições de prédios públicos na capital do Brasil

Internacional|Do R7

Extremistas vandalizaram prédios do governamentais em Brasília
Extremistas vandalizaram prédios do governamentais em Brasília

Os representantes dos 34 países-membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) e o secretário-geral do grupo, Luis Almagro, condenaram nesta quarta-feira (11) unanimemente os ataques ocorridos no último domingo (8) em Brasília.

Em uma reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA para estudar os acontecimentos na capital do Brasil, Almagro descreveu como "fascista" e "golpista" a invasão de milhares de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro às sedes dos Três Poderes.

"A mobilização fascista que invadiu o Brasil no domingo é parte de um movimento que está presente não apenas no Brasil, mas em outros países", disse o diplomata uruguaio em Washington (EUA).

Durante a sessão, convocada a pedido da Secretaria-Geral da OEA e de nove países, incluindo os Estados Unidos, o Chile e a Colômbia, os 34 países-membros da organização expressaram rejeição aos ataques de domingo.


Além dos embaixadores, os observadores permanentes na OEA dos governos de Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e União Europeia também manifestaram repulsa pelo episódio — uma ocorrência incomum durante as sessões especiais do órgão.

O embaixador do Brasil na OEA, Otávio Brandelli, agradeceu aos governos da região pelo apoio e garantiu que os responsáveis pelos "atos de violência e vandalismo" serão levados à Justiça.


"O Estado brasileiro e suas instituições democráticas responderão à gravidade dos atos cometidos", disse.

Tanto Almagro quanto os embaixadores de países como Colômbia e Chile advertiram que os eventos no Brasil correspondem a um padrão de ataques da extrema direita no continente. O representante colombiano, Luis Ernesto Vargas, descreveu os acontecimentos como "ações dos fascistas e dos fanáticos recalcitrantes".


Vargas considerou que esse não é um ataque isolado, mas sim que responde a um "padrão" de "desrespeito pela vontade do povo, que visa a minar o trabalho dos governos progressistas na região".

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O embaixador colombiano na OEA criticou a reação da organização à situação no Brasil: "Parece-me que a OEA tem desempenhado um papel muito pobre, para ser honesto, e temos que reconhecer isso", disse ele à agência EFE.

O embaixador de Honduras na OEA, Carlos Quesada, afirmou durante a sessão do Conselho Permanente que os eventos no Brasil deveriam ser motivo de preocupação "para todo o continente".

"Algo que acontece no Brasil não sabemos onde será replicado na próxima semana, no próximo ano [...] Isso está se tornando um mau hábito", lamentou.

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