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ONU confirma ter recebido 13 denúncias de ataques químicos na Síria

Internacional|Do R7

Nações Unidas, 23 jul (EFE).- A ONU confirmou nesta terça-feira que recebeu até o momento 13 denúncias de supostos ataques químicos na Síria e disse que "todos" estão sendo investigados pelo organismo internacional, assegurou o coordenador especial para o Oriente Médio, Robert Serry. O discurso de Serry foi feito durante um debate sobre a situação na região com os 15 membros do Conselho de Segurança enquanto dois analistas da ONU, a alta representante das Nações Unidas para o desarmamento, Angela Kane, e o professor sueco Ake Sellström, viajam para Damasco convidados pelo governo sírio para negociar os termos e as condições de uma missão para investigar o uso de armas químicas. Serry disse no Conselho de Segurança que o "banho de sangue" na Síria continua "sem cessar" e criticou as partes porque "seguem sem cumprir" com a obrigação de não afetar a população civil. O coordenador especial para o Oriente Médio lembrou a todas as partes na Síria que os responsáveis por violações do direito internacional humanitário serão levados à Justiça para responder por seus atos. Por último, Serry assegurou que o representante especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, continua trabalhando com Rússia e Estados Unidos para que as autoridades sírias e a oposição encontrem uma saída para o conflito. Durante o debate, a representante americana, Rosemary DiCarlo, voltou a pedir a Damasco que permita à missão da ONU acesso "livre e sem restrições" para investigar "todas" as denúncias de uso de armas químicas. E reiterou que não há justificativa para que o regime continue a bloquear o acesso à ajuda humanitária em Homs, e criticou a campanha de assédio contra a cidade "onde o regime recebe ajuda do Hezbollah e paramilitares apoiados pelo Irã". Já o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, lembrou que o conflito, que explodiu em março de 2011, matou "mais de 100 mil pessoas" na Síria, e detalhou que desde julho morrem diariamente "uma média de 200 pessoas". "Não devemos aceitar o que Assad quer que acreditemos, que a única alternativa a seu regime brutal são terroristas e extremistas", disse o embaixador britânico, que cobrou que a comunidade internacional se coloque ao lado dos três milhões de sírios que pedem democracia. As denúncias do regime de Bashar al Assad sobre o uso de armas químicas pela oposição se somam outras de países como EUA, Reino Unido e França, que falam de ataques com esse tipo de armas por parte das forças leais ao governo sírio. A Rússia entregou em 9 de julho à ONU os resultados de uma investigação independente na qual asseguraram ter verificado que a oposição síria utilizou agentes químicos em um ataque lançado em março na província de Aleppo. O relatório russo tem mais de 80 páginas de documentos com "fotografias e dados que indicam exatamente as coordenadas geográficas, os procedimentos utilizados e os resultados do evento", segundo Moscou. Pelo menos 93 mil pessoas morreram na Síria desde o início do conflito, dizem os dados das Nações Unidas, embora o Observatório Sírio de Direitos Humanos já tenha atualizado esse número para mais de 100 mil. EFE elr/cd

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