A saudita Rahaf Mohammed al-Qunun, 18, que fugiu para a Tailândia afirmando ter medo de ser assassinada pela família, foi considerada uma refugiada pela ONU, informou o governo australiano nesta quarta-feira (9).
Mais cedo, a Acnur (Alto Comissariado da ONU para refugiados) havia pedido que a Austrália a recebessee o governo australiano pediu que a entidade reconhecesse o status da jovem como refugiada. Ela chegou a Bangcoc no último sábado pedindo asilo.
“O Acnur encaminhou a srta. Rahaf Mohammed al-Qunun à Austrália para consideração para assentamento refugiado”, disse o Departamento de Segurança Interna da Austrália por email.
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Inicialmente, Rahaf teve a entrada negada na Tailândia. Ela então começou a publicar mensagens no Twitter da área de trânsito do aeroporto Suvarnabhumi de Bangcoc, dizendo que havia “escapado do Kuwait” e que sua vida estaria em perigo se fosse forçada a retornar à Arábia Saudita.
Dentro de horas, uma campanha surgiu no Twitter, divulgada por uma rede de ativistas espalhados por todo o mundo, fazendo com que o governo tailandês revertesse a decisão que forçaria a jovem a retornar a sua família.
Em seguida, ela teve a entrada autorizada na Tailândia e, na terça-feira, começou o processo de busca por asilo em um terceiro país. Ela tem se recusado a encontrar seu pai e irmão que foram a Bangcoc, segundo o chefe da imigração tailandesa, Surachate Hakparn.
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