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ONU diz que número de refugiados sírios pode chegar a 3 milhões até o final do ano

Esta semana, Nações Unidas disse que refugiados sírios já somam 1 milhão

Internacional|Do R7

Crianças caminham no acampamento de Zaatari, na Jordânia
Crianças caminham no acampamento de Zaatari, na Jordânia

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres, afirmou neste domingo (10) em entrevista coletiva em Ancara, na Turquia, que o atual 1 milhão de refugiados sírios pode duplicar ou triplicar até o final de 2013.

Guterres pediu que os políticos "fizessem todo o possível" para pôr fim à tragédia síria, e ressaltou que é preciso "uma solução política", informou a agência turca Cihan.

O dirigente do Acnur, organismo das Nações Unidas para os refugiados, visitará hoje o centro de amparo de deslocados sírios de Nizip, na Província meridional turca de Gaziantep.

Durante sua passagem por Ancara, Guterres lembrou que, nos 17 acampamentos turcos, já vivem 186 mil refugiados sírios, mas acrescentou que outros 37 mil estão esperando registro e que um número bastante maior está no país sem ter solicitado ajuda às autoridades, de modo que o número total pode se aproximar dos 400 mil.


Guterres reiterou seu pedido a todos os membros das Nações Unidas para que contribuíssem através da Cruz Vermelha para ajudar os refugiados sírios "onde quer que se encontrem".

Assinalou que as Nações Unidas contribuíram com US$ 35 milhões ao atendimento dos refugiados sírios na Turquia, mas que este número era pequeno diante dos US$ 600 milhões gastos por Ancara.


O diplomata prometeu estender a ajuda também aos refugiados fora dos acampamentos oficiais.

Nesta semana, o Acnur cifrou em 1 milhão os atuais refugiados que fugiram do conflito da Síria, dos quais a metade são crianças e destas a maioria tem menos de 12 anos.


Os refugiados chegam a um ritmo total de 10 mil por dia aos países vizinhos: Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e, em menor medida, Egito e outros nações do norte da África.

O país que proporcionalmente mais refugiados sírios acolhe é o Líbano, que com 330 mil representa 10% de sua população.

Rebeldes instauram poder islâmico no leste da Síria

Vários grupos rebeldes islamitas, entre eles o movimento jihadista Al Nusra, formaram um conselho religioso para administrar o leste da Síria, em grande parte sob seu controle, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

"Deus ordenou que os batalhões islâmicos formem o Conselho Religioso na região do leste para administrar os assuntos da população e preencher o vazio de segurança", indica um comunicado do organismo divulgado pelo OSDH.

O Conselho se encarregará da justiça, da polícia, dos auxílios e dos serviços, afirma o texto.

Um vídeo divulgado pelo OSDH mostra um comboio de rebeldes que circula pelas estradas da região de Deir Ezzor até chegar à cidade de Mayadeen, onde ocupam um edifício no qual prendem um cartaz que diz "Conselho Religioso da Região do Leste".

Os rebeldes islamitas, em particular as milícias da Al Nusra, ganharam várias batalhas no leste da Síria, uma região petroleira que inclui as províncias de Deir Ezzor, Hassaka e Raqa.

A Frente Al Nusra, desconhecida antes do início da rebelião síria, teve uma ascensão meteórica a partir de maio de 2012, e afirma publicamente que seu objetivo é instaurar um Estado islâmico no país.

Já o governo sírio acusa a Arábia Saudita e o Qatar de financiar os grupos islamitas que combatem na Síria.

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