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Operação contra máfia na Itália e na Alemanha prende 169 pessoas

Políticos e empresários dos dois países foram detidos nesta terça (9)

Internacional|

Quase 170 pessoas, entre elas prefeitos, empresários e administradores locais, foram presos nesta terça-feira (9) em uma grande operação contra a máfia na Itália e na Alemanha que mirou em membros de um clã que controla restaurantes, serviços de coleta de lixo e funerais.

A polícia e investigadores disseram em entrevista coletiva que a maioria das prisões, que totalizaram 169 até o início da tarde, foram realizadas na região da Calábria, no sul da Itália, base do grupo mafioso 'Ndrangheta. Mais pessoas podem ser presas, disseram.

Nos últimos anos a 'Ndrangheta superou a Cosa Nostra, a máfia siciliana, no tráfico de drogas e armas e em esquemas de extorsão, ampliando seus tentáculos para o norte da Europa, Estados Unidos e Canadá.

Na Alemanha, a polícia prendeu cerca de uma dúzia de homens como parte da mesma operação, por suspeita de chantagem, tentativa de homicídio, lavagem de dinheiro e outros crimes ligados a grupos organizados.

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A polícia fez buscas em seis apartamentos e quatro restaurantes na Alemanha e confiscou dinheiro, telefones celulares, documentos e dispositivos de armazenamento de dados, disseram.

Investigadores disseram que os clãs das famílias Farao e Marincola, sediados na cidade calabresa de Ciro Marina, se infiltraram em empresas nos dois países, particularmente companhias envolvidas nos setores de vinho, alimentos, coleta de lixo e serviços funerários.

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Pelo menos três prefeitos italianos foram presos, incluindo o prefeito de Ciro Marina, assim como uma série de vereadores.

Os membros do clã forçavam restaurantes a comprarem carne, peixe, vinho e outros produtos de varejistas e atacadistas ligados aos mafiosos.

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O grupo agrícola Coldiretti estima que pelo menos 5 mil restaurantes na Itália estão nas mãos de criminosos e que a chamada "agro máfia", que inclui colheita e distribuição, vale cerca de 21,8 bilhões de euros por ano.

Os clãs também assumiram o controle de algumas empresas privadas de coleta de lixo e de reciclagem, assim como de serviços funerários, e forçavam as pessoas a contratarem essas empresas em detrimento de outras.

Prisões também foram feitas em várias regiões do centro e do norte da Itália.

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