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Panamá intercepta navio norte-coreano com 'equipamentos para mísseis'

Embarcação da Coreia do Norte é preveniente de Cuba e em princípio carregava apenas açucar

Internacional|Do R7

Navio norte-coreano (esq.) deverá ficar no Panamá por uma semana para investigação da carga suspeita (dir.)
Navio norte-coreano (esq.) deverá ficar no Panamá por uma semana para investigação da carga suspeita (dir.)

As autoridades panamenhas interceptaram um navio norte-coreano proveniente de Cuba com um suposto equipamento sofisticado destinado a mísseis e que pretendia atravessar o canal interoceânico, informou o presidente Ricardo Martinelli.

"No barco havia açúcar, mas quando começamos a descarregar o açúcar, encontramos contêineres que acreditamos que contenham um equipamento sofisticado de mísseis e isso não é permitido", disse o presidente Martinelli.

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"Tínhamos uma suspeita de que o barco tinha droga e o trouxemos ao porto e começamos a verificar tudo o que estava no barco, que vinha de Cuba e ia para a Coreia do Norte".


A carga não declarada do navio norte-coreano "parece ser de mísseis, mas vamos esperar para que a informação seja corroborada por especialistas", disse à AFP o porta-voz presidencial, Luis Eduardo Camacho.

Mas a tarefa de inspecionar o barco pode demorar uma semana. "Apenas um porão foi aberto, restam outros quatro", acrescentou Camacho.


O cargueiro "Chong Chon Gang" permanecia na noite de segunda-feira (15) retido no cais Manzanillo, um dos quatro do porto de Colon, na boca Atlântica do Canal do Panamá e a 80 km da capital.

A segurança panamenha bloqueou o acesso ao cais e os grandes depósitos de contêineres bloqueavam a vista dos navios ancorados neste terminal.

Quando as autoridades começaram a revistar o primeiro porão do barco encontraram sob milhares de sacos de açúcar dois contêineres com material bélico, disse a informação oficial.

Os 35 tripulantes do navio estavam nesta noite "detidos, já que não apenas resistiram (à abordagem), mas tentaram sabotar a inspeção", disse Camacho, que acrescentou que o capitão da embarcação - que não teve seu nome divulgado - "teve um princípio de infarto e depois tentou se suicidar".

Segundo as primeiras informações, o navio foi abordado pelas autoridades em águas panamenhas na entrada da via pelo Atlântico na sexta-feira (12).

A decisão de abordar a embarcação obedeceu, segundo as autoridades, a informações de inteligência que afirmavam que o barco estava carregado de droga, razão pela qual foi enviado ao porto de Manzanillo, em Colón (norte), para ser revisado.

"Até este momento não encontramos droga na embarcação, encontramos material bélico", afirmou Javier Caraballo, promotor de drogas.

Caraballo sustentou que não esperavam encontrar material de guerra no barco, já que "a informação fornecida apontava para a existência de substâncias ilícitas", disse à RPC Radio.

"A embarcação despertou suspeitas pela reação violenta do capitão e da tripulação desde a tarde de sexta-feira", disse o ministro da Segurança, José Raúl Mulino, à RPC Radio.

Cuba, de onde teria zarpado o barco norte-coreano, é um dos poucos países que mantêm vínculos com o regime de Pyongyang, que está fortemente isolado da comunidade internacional por seus testes nucleares.

Em 1962 Cuba foi protagonista de uma grave crise mundial, que colocou o planeta à beira de uma guerra atômica quando a União Soviética mobilizou mísseis com capacidade nuclear na ilha, o que levou a um bloqueio naval americano.

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