Pela 1ª vez, Força Aérea dos EUA usa IA para dar instruções de combate a pilotos; entenda
Sistema de inteligência artificial foi testado em caças F-16, F/A-18 e F-35, em avanço inédito no gerenciamento de batalhas aéreas
Internacional|Do R7
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7
Pela primeira vez na história, pilotos de caça dos Estados Unidos receberam instruções de combate de um sistema de inteligência artificial (IA) durante um teste realizado pelas Força Aérea e Marinha norte-americanas.
A tecnologia, chamada Starsage, desenvolvida pela Raft AI, foi utilizada em caças F-16, F/A-18 e F-35 em um exercício militar conjunto em agosto deste ano, segundo informações da rede norte-americana Fox News.
Leia mais
Tradicionalmente, pilotos de caça se comunicam com equipes em solo, que monitoram radares e sensores para orientar trajetórias e posicionamentos. No experimento, os pilotos consultaram o Starsage para confirmar trajetórias de voo e receber relatórios rápidos sobre aeronaves inimigas próximas.
Shubhi Mishra, CEO da Raft AI, disse à Fox News que o sistema reduz o tempo de resposta de minutos para segundos, o que permite aos pilotos tomarem decisões mais rápidas. “O Starsage é um agente autônomo, disponível para cada piloto, diferente do modelo humano, em que um gerente de batalha aérea auxilia vários pilotos”, explicou.
O teste avaliou sistemas de armas, comunicações avançadas e plataformas de gerenciamento de batalha aérea. Durante o exercício, ao receber um pedido de avaliação de ameaça, o sistema identificou um grupo de cinco aeronaves inimigas, fornecendo, pela primeira vez, consciência tática em tempo real por meio de IA.
Mishra comparou o Starsage a controladores de tráfego aéreo, sugerindo que a tecnologia poderia evitar acidentes como a colisão entre um avião regional e um helicóptero Black Hawk perto do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, no início deste ano.
Segundo ela, o incidente, que deixou 67 mortos, ocorreu porque os pilotos do helicóptero não receberam alertas adequados, de acordo com a investigação conduzida pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA.
Mudanças no combate aéreo
Embora o sistema tenha sido monitorado por gerentes humanos, que podiam ser acionados pelos pilotos, o teste abre espaço para questões sobre o futuro dos pilotos humanos em combates aéreos.
Empresas como Anduril e General Atomics já desenvolvem drones não tripulados que operam ao lado de caças pilotados, indicando uma mudança no ritmo e na forma das guerras aéreas.
Mishra reforçou que decisões de vida ou morte devem sempre envolver humanos, mas acredita que a tecnologia já é capaz de transformar o campo de batalha. “A questão é: vamos deixar isso acontecer?”, questionou.
Essa mudança já tem sido registrada na guerra da Ucrânia. No início do conflito, jatos e helicópteros russos cruzavam frequentemente o espaço aéreo ucraniano, apoiando o avanço das tropas terrestres.
No entanto, as defesas aéreas ucranianas, que a Rússia não conseguiu neutralizar, causaram perdas significativas, o que forçou as tropas de Vladimir Putin a adotar uma mudança na estratégia.
Com o tempo, as linhas de frente se estabilizaram, e a guerra se tornou mais estática. Agora, os russos evitam voar sobre a Ucrânia, optando por lançar mísseis e drones de longa distância, disparados de áreas seguras, muitas vezes do leste do país.
Com os céus como um espaço de “negação”, onde nenhum dos lados domina, a Rússia tem intensificado os ataques com mísseis e drones, especialmente depois que drones furtivos ucranianos destruíram uma parte significativa da frota de bombardeiros de Vladimir Putin, no dia 1º de junho deste ano.
Perguntas e Respostas
Qual foi a novidade na instrução de combate para pilotos da Força Aérea dos EUA?
Pela primeira vez, pilotos de caça dos Estados Unidos receberam instruções de combate de um sistema de inteligência artificial (IA) durante um teste realizado pela Força Aérea e pela Marinha norte-americanas.
Qual tecnologia foi utilizada nesse teste?
A tecnologia utilizada foi chamada Starsage, desenvolvida pela Raft AI, e foi testada em caças F-16, F/A-18 e F-35 durante um exercício militar conjunto em agosto deste ano.
Como os pilotos costumavam receber instruções antes do uso da IA?
Tradicionalmente, os pilotos de caça se comunicavam com equipes em solo, que monitoravam radares e sensores para orientar trajetórias e posicionamentos.
Qual foi a função do sistema Starsage durante o teste?
No experimento, os pilotos consultaram o Starsage para confirmar trajetórias de voo e receber relatórios rápidos sobre aeronaves inimigas próximas.
O que disse Shubhi Mishra sobre o sistema Starsage?
Shubhi Mishra, CEO da Raft AI, afirmou que o sistema reduz o tempo de resposta de minutos para segundos, permitindo que os pilotos tomem decisões mais rápidas. Ele explicou que o Starsage é um agente autônomo disponível para cada piloto, ao contrário do modelo humano, onde um gerente de batalha aérea auxilia vários pilotos.
Quais foram os resultados do teste em relação à identificação de ameaças?
Durante o exercício, ao receber um pedido de avaliação de ameaça, o sistema identificou um grupo de cinco aeronaves inimigas, fornecendo, pela primeira vez, consciência tática em tempo real por meio de IA.
Como Mishra comparou o Starsage a controladores de tráfego aéreo?
Mishra comparou o Starsage a controladores de tráfego aéreo, sugerindo que a tecnologia poderia evitar acidentes, como a colisão entre um avião regional e um helicóptero Black Hawk, que deixou 67 mortos no início deste ano.
Quais são as implicações do uso de IA no combate aéreo?
Embora o sistema tenha sido monitorado por gerentes humanos, o teste levanta questões sobre o futuro dos pilotos humanos em combates aéreos. Empresas como Anduril e General Atomics já desenvolvem drones não tripulados que operam ao lado de caças pilotados, indicando uma mudança na forma como as guerras aéreas são conduzidas.
O que Mishra afirmou sobre a tomada de decisões em situações críticas?
Mishra enfatizou que decisões de vida ou morte devem sempre envolver humanos, mas acredita que a tecnologia já é capaz de transformar o campo de batalha, questionando se essa mudança deve ser aceita.
Como a guerra na Ucrânia ilustra a evolução das táticas aéreas?
No início do conflito, jatos e helicópteros russos frequentemente cruzavam o espaço aéreo ucraniano, mas as defesas aéreas ucranianas causaram perdas significativas, levando as tropas russas a mudar sua estratégia, evitando voar sobre a Ucrânia e optando por lançar mísseis e drones de longa distância.
Qual foi o impacto dos drones ucranianos na frota russa?
A Rússia intensificou os ataques com mísseis e drones, especialmente após drones furtivos ucranianos destruírem uma parte significativa da frota de bombardeiros russos em 1º de junho deste ano.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
