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Peru: procurador-geral renuncia em meio a investigação da Odebrecht

Decisão acontece uma semana depois que ele demitiu dois importantes promotores do inquérito, medida que desencadeou revolta nacional

Internacional|Do R7

Chávarry negou as acusações de que estaria tentando interferir na investigação
Chávarry negou as acusações de que estaria tentando interferir na investigação Chávarry negou as acusações de que estaria tentando interferir na investigação

O procurador-geral do Peru, Pedro Chávarry, disse que irá renunciar nesta terça-feira (8), em meio à crescente indignação pública com a maneira como tem lidado com a investigação de corrupção envolvendo a construtora brasileira Odebrecht.

A decisão de Chávarry acontece pouco mais de uma semana depois que ele demitiu dois importantes promotores do inquérito, uma medida que desencadeou ampla condenação e uma ameaça do presidente peruano, Martín Vizcarra, de suspendê-lo.

Chávarry negou as acusações de que estaria tentando interferir na investigação e, mais tarde, reconvocou os dois promotores, ambos admirados no Peru como combatentes da corrupção.

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Entretanto, a reversão não foi suficiente para acalmar muitos peruanos, que têm continuado a protestar contra Chávarry.

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Na noite de segunda-feira (7), Chávarry disse em comunicado que irá apresentar sua renúncia do Ministério Público peruano às 10h (13h no horário de Brasília) desta terça-feira por “respeito a minha instituição”.

A decisão de Chávarry marca uma importante vitória para o presidente Vizcarra que, na semana passada, enviou ao Congresso uma legislação para suspender o procurador-geral do cargo.

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Vizcarra, que substituiu o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski após sua renúncia devido a um escândalo de corrupção no ano passado, tem feito do combate à corrupção o foco de seu governo.

Os dois promotores inicialmente demitidos por Chávarry, Rafael Vela e José Domingo Pérez, são vistos como figuras essenciais na investigação da Odebrecht no Peru.

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Os dois haviam recentemente elaborado um acordo de leniência que obrigava a construtora a fornecer evidências sobre 30 milhões de dólares em propinas que a empresa admite ter pago a políticos locais.

A investigação contra a Odebrecht foi deflagrada pela operação Lava Jato no Brasil e repercute na América Latina, no que procuradores dos Estados Unidos disseram ser o maior esquema de corrupção política já revelado.

Em 2016 a Odebrecht admitiu ter pago milhões de dólares em propinas a autoridades de diversos países para obter contratos de obras públicas ao longo de uma década, e se comprometeu a pagar multas de bilhões de dólares.

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