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Preso 40 anos depois, serial killer aterrorizava comunidades inteiras

Mandado de prisão de Joseph DeAngelo mostra como ele atacava as vítimas de suas dezenas de crimes, entre 1976 e 1986, na Califórnia

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Joseph DeAngelo, acusado de ser o 'matador de Golden State', em audiência
Joseph DeAngelo, acusado de ser o 'matador de Golden State', em audiência Joseph DeAngelo, acusado de ser o 'matador de Golden State', em audiência

O mandado de prisão de Joseph DeAngelo — o ex-policial de 72 anos acusado de ser o "matador de Golden State" —, mostra a crueldade com que ele tratava suas vítimas e os momentos de terror que várias delas passaram.

Trechos do texto foram divulgados pela Justiça dos EUA na semana passada.

Segundo o documento, o serial killer aterrorizou comunidades inteiras na Califórnia enquanto cometia sozinho uma imensa quantidade de crimes: 12 assassinatos, 51 estupros e pelo menos 120 invasões e roubos a residências, entre 1976 e 1986.

DeAngelo foi preso em 25 de abril, mais de 40 anos depois dos primeiros crimes acontecerem. Durante todo este tempo, ele usou dos seus conhecimentos de quem prestou serviços à polícia para não ser pego.

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Mas testes de DNA ajudaram a identificar o ex-policial da Califórnia como sendo o "assassino de Golden State". Ele foi preso após roubar uma lata de repelente canino e um martelo de uma loja.

Terror nos subúrbios

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O relato feito pelos promotores de Sacramento, capital da Califórnia, reúne depoimentos e reconstituições de dezenas desses crimes, traçando uma linha do tempo assustadora.

DeAngelo cometia vários crimes dentro do mesmo subúrbio, a tal ponto que em alguns os moradores se dividiam em turnos para tentar dormir mais tranquilamente.

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Inicialmente, ele cometeu crimes em áreas residenciais próximas a Sacramento, capital da Califórnia. Depois de alguns anos, ele se mudou para Los Angeles.

Diversas vítimas relataram que acordaram em casa com um homem desconhecido as ofuscando com uma lanterna.

Escondido na garagem

O relato do segundo crime atribuído ao serial killer, um assalto em julho de 1976, mostra o nível da violência de seus atos. O morador de uma casa em Sacramento contou à polícia que, ao acordar cedo para trabalhar, ouviu passos e outros barulhos do lado de fora da casa, mas não investigou.

Ele foi abrir a garagem, por volta das 5 horas da manhã, e conforme a porta automática foi subindo, viu em sua frente um par de botas, depois as calças e em seguida o criminoso, usando máscara e gorro, o atacou com um porrete improvisado.

De Angelo acertou o rosto e o corpo do homem diversas vezes, até que a vítima se escondeu debaixo do seu carro. O futuro serial killer tentou puxá-lo pelas calças e elas se soltaram. Ele acabou se contentando em fugir com a carteira da vítima. Na noite seguinte, outra casa foi atacada.

Relatos de medo

Outras vítimas, no meses e anos seguintes, não teriam tanta sorte. Em fevereiro de 1978, ele matou o casal Brian e Kattie Maggiore, enquanto eles passeavam com o cachorro em Cordova Meadows, um subúrbio de Sacramento. A partir daí, assassinatos passaram a ser constantes.

Segundo um levantamento da polícia, dezenas de pequenos delitos nas semanas anteriores ao assassinato dos Maggiore mostraram que DeAngelo estava se "adaptando" ao local.

Um casal relatou que sua casa foi invadida duas vezes. Na primeira, apenas roupas de baixo da mulher foram roubadas. Na segunda, o criminoso apenas entrou e saiu.

Outra moradora relatou que recebeu telefonemas diários, por volta das 20h, em que a pessoa não falava nada e depois desligava. As chamadas acabaram no dia em que os Maggiore foram mortos.

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