Primeiro ministro espanhol visita Barcelona e critica líder catalão
Pedro Sanchez acusou o governador regional de falhar na tarefa de restaurar a ordem depois de uma semana de protestos separatistas
Internacional|Do R7
O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, visitou Barcelona nesta segunda-feira (21), após uma semana de protestos separatistas catalães, e minimizou os pedidos para que se encontrasse com líderes pró-independência, acusando o governador regional de falhar na tarefa de restaurar a ordem.
A visita de Sánchez à capital regional foi acompanhada por centenas de manifestantes pacíficos, que cantavam o hino catalão e brandiam cartazes exortando-o a "sentar e conversar" com o governo pró-secessão da região.
Barcelona foi abalada por sete noites consecutivas de protestos às vezes violentos após a prisão de nove separatistas catalães, condenados por sedição na semana passada devido ao seu papel em uma tentativa de independência fracassada de 2017.
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Críticas duras
Antes da visita para se encontrar com forças de segurança e policiais feridos nos protestos, Sánchez acusou o presidente regional da Catalunha, Quim Torra, de fracassar em sua tarefa de salvaguardar a segurança pública e garantir uma coexistência harmoniosa entre os campos pró e anti-independência.
Em uma carta de palavreado duro enviada na manhã desta segunda-feira, Sánchez disse que Torra "deu as costas" às forças de segurança e voltou a exigir que ele rejeite os tumultos com vigor.
No final de semana, Torra disse em um comunicado que sempre repudiou a violência e criticou o premiê por evitar o diálogo.
O governo regional informou que Torra solicitou uma reunião com Sánchez durante sua visita a Barcelona, mas que não ficou claro se ela aconteceria.
Manifestações
Uma pequena multidão de manifestantes recebeu Sánchez quando ele chegou a Barcelona, tocando cornetas e gritando enquanto ele entrava no quartel-general da Polícia Nacional, que foi o foco de grande parte dos episódios de violência recentes.
No domingo, o Ministério do Interior disse que 288 policiais foram feridos nos confrontos e que 194 pessoas foram presas.
Os distúrbios na Catalunha coincidem com o momento em que os partidos políticos espanhóis se preparam para uma eleição nacional antecipada em 10 de novembro, a segunda votação deste ano.
A questão da independência catalã dominou o panorama político fragmentado do país nos últimos anos, e provavelmente continuará a fazê-lo até a eleição do mês que vem.