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Quanto os países da Otan gastam em defesa e por que isso está mudando?

Aliança espera um aumento global de 30% nas capacidades militares nos próximos anos; objetivo é manter o apoio contínuo à Ucrânia

Internacional|Do R7

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Print Record News - Conexão - Compromisso EUA OTAN
Secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou que "ameaça russa" é o principal desafio do bloco Reprodução/Record News — 24.06.2025

Os 32 países membros da Otan deverão elevar para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) os gastos nacionais com defesa até 2035. A nova meta, anunciada na cúpula realizada em Haia na quarta-feira (25), marca uma mudança significativa em relação ao patamar anterior de 2%, fixado em 2014. A decisão foi tomada diante do alongamento da guerra na Ucrânia, do aumento da influência militar da Rússia e da pressão política dos Estados Unidos.

A proposta foi apresentada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no início deste ano e formalizada pelo secretário-geral da Otan, Mark Rutte, que classificou o novo compromisso como um “salto de escala” na preparação militar da aliança. Segundo Rutte, os 5% permitirão ampliar investimentos em sistemas de defesa aérea, satélites, segurança cibernética e na aquisição de novos equipamentos.


A meta de 5% do PIB combina dois blocos de despesas. A maior parte, de 3,5%, está relacionada diretamente às capacidades militares. Inclui salários das Forças Armadas, compra de armamentos, modernização de arsenais e expansão de logística. O 1,5% restante contempla investimentos civis com utilidade militar, como infraestrutura de transporte, controle de fronteiras e segurança estratégica.

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Atualmente, apenas parte dos países que compõem a aliança destina os 2% do PIB para defesa. Dados da própria Otan apontam que Polônia, Estônia, Lituânia, Letônia e Finlândia aumentaram consideravelmente suas despesas desde a invasão russa à Ucrânia em 2022. A Polônia lidera o bloco com mais de 4% do PIB voltado à defesa. Já a Espanha, por exemplo, reconheceu que não alcançará os 5% propostos, além de protestar contra o aumento obrigatório.


O Reino Unido, que mantém níveis próximos ao mínimo anterior, prometeu expandir seus compromissos com a aliança atlântica. Em nota oficial, o governo britânico chamou o novo teto de histórico e afirmou que pretende garantir a segurança da população e estabilidade à região.

A Islândia, único país da Otan sem forças armadas, não será obrigada a cumprir a meta. Mesmo assim, anunciou que pretende elevar os investimentos em segurança e infraestrutura para 1,5% do PIB até 2035.


Os membros da Otan também acertaram uma revisão coletiva em 2029 para medir o avanço das metas nacionais. A aliança espera um aumento global de 30% nas capacidades militares nos próximos anos. O objetivo é manter o apoio contínuo à Ucrânia e garantir que os países do bloco estejam prontos para responder a possíveis ameaças de Moscou.

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