Rebeldes muçulmanos libertam 13 reféns no sul das Filipinas
Internacional|Do R7
Manila, 24 set (EFE).- Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro libertaram nesta terça-feira nas Filipinas 13 pessoas que eram mantidas como reféns desde o ataque de ontem contra uma cidade de Mindanao, no sul do país, informaram fontes oficiais. O comandante Harold Cabunoc, do Exército filipino, anunciou através do Twitter que nove professores de uma escola e quatro moradores foram libertados durante a madrugada e transferidos para um hospital. Outros quatro professores e 11 agricultores foram libertados ontem pouco depois do ataque dos insurgentes na localidade de Midsayap, na província de Cotabato do Norte, em Mindanao. Quatro soldados morreram no ataque do grupo rebelde que, segundo os reféns libertados, também perdeu pelo menos quatro de seus milicianos, de acordo com o jornal "Philstar". Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro continuam em Midsayap, enquanto áreas da cidade de Zamboanga, também em Mindanao, estão ocupadas há 16 dias por insurgentes islamitas da Frente Moro de Libertação Nacional (FMLN), liderada por Nur Misuari. Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro surgiram de uma cisão da Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI), que nasceu de outra divisão do FMLN e foi estabelecido formalmente em 1984. Os Combatentes Islâmicos do Bangsamoro e a facção comandada por Nur Misuari se opõem às negociações de paz entre o governo e o FMLI, que estão em seu estágio final. Misuari exigiu a independência de Mindanao e de outras ilhas do sul das Filipinas em agosto, e no dia 9 de setembro seus homens invadiram Zamboanga com o objetivo de declarar a região independente. A crise de Zamboanga causou até o momento 132 mortos, dos quais 105 são rebeldes, 12 civis, 12 militares e três policiais, e mais de 100 mil refugiados, segundo informações do Exército. EFE hc/rpr