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Resposta aos EUA será contra militares, diz conselheiro do Irã

O conselheiro militar do líder supremo do Irã diz que resposta ao ataque dos EUA 'será militar e contra militares'

Internacional|Ana Clara Arantes, do R7

Hossein Dehghan, conselheiro militar de Khamenei, fala sobre a resposta do Irã ao ataque dos EUA
Hossein Dehghan, conselheiro militar de Khamenei, fala sobre a resposta do Irã ao ataque dos EUA

O conselheiro militar de Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse neste domingo (5), durante entrevista à CNN em Teerã, que a resposta ao assassinato do general Qasem Soleimani "será militar e contra locais militares".

Hossein Dehghan é ex-ministro da Defesa e o principal conselheiro militar de aiatolá Ali Khamenei. Segundo ele, o país não procurou por guerra, mas a decisão do presidente Donald Trump iniciou uma.

"Foi a América que iniciou a guerra. Portanto, eles devem aceitar reações apropriadas à suas ações. A única coisa que pode acabar com esse período de guerra é que os americanos recebam um golpe igual ao golpe que infligiram", disse o conselheiro militar durante entrevista concedida à CNN.

Depois do ataque dos EUA que ocasionou na morte de Soleimani, o presidente do Irã Hassan Rohani prometeu vingança: "Sem dúvida, a grande nação do Irã e outras nações livres da região se vingarão por esse crime terrível dos americanos criminosos".


Troca de ameaças

O presidente dos Estados Unidos publicou ontem (4) em seu Twitter um aviso em resposta às ameaças do governo iraniano: "Se o Irã atingir americanos ou ativos americanos, temos 52 locais iranianos na mira".


Ainda ontem, três foguetes caíram perto da Embaixada dos Estados Unidos, em Bagdá. A queda ocorreu na zona verde, local que abriga prédios do governo. Outros dois foguetes caíram na base de Al Balad. Não houve vítimas nem grandes danos.

O ataque


O Pentágono confirmou, na última sexta-feira (3), a ordem do presidente Trump para a execução do ataque aéreo que matou Soleimani, chefe da Força Quds, uma unidade da Guarda Revolucionária Islâmica. O general era o planejador de ações militares.

Leia mais: EUA assumem ataque aéreo que matou general iraniano em Bagdá

O Departamento de defesa disse em comunicado que o "general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região".

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