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Resultados parciais indicam reeleição de presidente armênio

Internacional|Do R7

O presidente armênio em fim de mandato Serge Sarkisian foi reeleito nesta segunda-feira, segundo resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral central, embora seu principal adversário reivindique a vitória e a oposição denuncie fraudes maciças.

Sarkisian, de 59 anos, obteve na eleição presidencial desta segunda-feira 61,82% dos votos, enquanto seu principal adversário, o ex-ministro das Relações Exteriores Raffi Hovannisian, 33,62%, de acordo com os resultados de 30% das seções eleitorais.

Segundo a comissão eleitoral central, a taxa de participação foi de 60%.

O ex-ministro Hrand Bagratian e o ex-dissidente soviético Paruir Hairikian, obtiveram apenas 3% dos votos cada um, segundo uma pesquisa de boca de urna do Instituto Gallup, que dava como vencedor Sarkisian, com 58% dos votos.


Eduard Sharmazanov, porta-voz do Partido Republicano, de Sarkisian, disse, após a publicação desta consulta que o presidente em fim de mandato "era o único favorito" e considerou a votação "a melhor na história da Armênia independente", repudiando acusações de fraude.

No entanto, Hovannisian assegurou que ele foi o vencedor, e pediu a Sarkisian que admita a derrota.


Sarkisian "deve ser o primeiro presidente da Armênia a reconhecer a vitória do povo", disse o candidato Hovannisian.

Seu porta-voz, Hovser Hurchudian, denunciou pouco antes a realização de eleições "vergonhosas, marcadas por uma quantidade enorme de fraudes" e convocou protestos para a tarde desta terça-feira.


"Recebemos por volta das 18h00 centenas de mensagens dando parte de violações maciças do código eleitoral, como votos múltiplos, intimidação e compra de votos", segundo um comunicado difundido pela equipe de campanha de Hovannisian.

Bagratian denunciou também "infrações maciças" e não descartou "ações de protesto".

A polícia armênia rejeitou as acusações, qualificando-as de "invenções evidentes".

As eleições foram acompanhadas por mais de 600 observadores internacionais. Os da Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa (OSCE) darão seu balanço na terça-feira.

Três das principais forças de oposição, que têm 48 das 131 cadeiras do Parlamento, se negaram a participar das eleições.

As autoridades confiam na prevalência da calma para melhorar as perspectivas de integração europeia deste pequeno país encravado no Cáucaso sul, habitado por 3 milhões de pessoas e carente de hidrocarbonetos, ao contrário de seus vizinhos.

Em 2008, a vitória de Sarkisian na presidencial, contestada pela oposição, suscitou protestos que degeneraram em confrontos com a polícia, nos quais morreram 10 pessoas.

mkh-neo/dro/avl/it/ma-mvv

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