George Simion: quem é o candidato da direita eurocentrista que venceu o 1º turno das eleições presidenciais romenas
George Simion, líder da Aliança para a União dos Romenos, superou de longe os oponentes; 2º turno será realizado em 18 de maio entre os dois mais votados
Internacional|Do Estadão Conteúdo

O nacionalista de direita George Simion garantiu uma vitória decisiva neste domingo (4), no primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia, segundo dados eleitorais quase completos.
A eleição ocorreu meses após uma votação anulada ter mergulhado o país-membro da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em sua pior crise política em décadas.
Simion, o líder de 38 anos da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), superou de longe todos os outros candidatos nas pesquisas, com 40% dos votos, mostram dados eleitorais oficiais, após a apuração de 97% dos votos na votação.
Bem atrás, em segundo lugar, ficou o prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,67%, e em terceiro, o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,62% — uma diferença que deve aumentar à medida que os últimos votos das cidades maiores forem apurados.
Onze candidatos disputaram a presidência e um segundo turno será realizado em 18 de maio entre os dois candidatos mais votados.
Até o fechamento das urnas, cerca de 9,57 milhões de pessoas — ou 53,2% dos eleitores elegíveis — haviam votado, de acordo com o Escritório Central Eleitoral, com 973.000 votos depositados em seções eleitorais instaladas em outros países.
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Eleição foi anulada em 2024
A eleição na Romênia teve de ser repetida hoje depois que o cenário político do país foi abalado no ano passado, quando um tribunal superior anulou a eleição anterior, na qual o candidato de extrema direita Calin Georgescu liderou o primeiro turno, após alegações de violações eleitorais e interferência russa, que Moscou negou.
Georgescu, que compareceu ao lado de Simion em uma seção eleitoral em Bucareste, chamou a nova votação de “uma fraude orquestrada por aqueles que fizeram da mentira a única política de Estado”, mas disse que estava lá para “reconhecer o poder da democracia, o poder do voto que assusta o sistema, que aterroriza o sistema”.