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Rússia diz que Estados Unidos recusou reunião de alto nível para tratar da Síria

Os russos lançaram, em 30 de setembro, uma campanha de bombardeios aéreos na região

Internacional|Agência Brasil

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, discursa na Câmara Baixa do Parlament
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, discursa na Câmara Baixa do Parlament Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, discursa na Câmara Baixa do Parlament

Os Estados Unidos se recusaram a receber em Washington uma delegação russa de alto nível para tratar de assuntos relacionados à Síria e rejeitaram igualmente enviar uma delegação norte-americana a Moscou. A informação é do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, que falou hoje (14) na Câmara Baixa do Parlamento russo.

O ministro se referia a declarações feitas ontem (13) pelo presidente Vladimir Putin que acusou Washington de se recusar a cooperar e compartilhar informações sobre a Síria. Putin disse ainda estar disposto a enviar uma delegação, chefiada pelo primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, aos Estados Unidos.

“Recebemos uma resposta oficial literalmente hoje”, disse Lavrov.

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“Foi-nos dito que não podem enviar uma delegação a Moscou e que também não podem receber uma delegação em Washington”, disse Lavrov.

Putin, que discursou num fórum de investimento, disse que a delegação russa podia ainda incluir responsáveis militares ao nível de vice-chefe do Estado-Maior e membros dos serviços de informações.

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“Está na hora de fazer este trabalho a um nível sério e substancial se queremos trabalhar de forma eficaz”, disse Putin.

Na intervenção de ontem, o presidente russo fez algumas das críticas mais duras à forma como os Estados Unidos têm lidado com o conflito sírio, afirmando que Washington “não tem uma compreensão clara” do que se passa no terreno e “não parece saber que objetivos pretende alcançar” naquele país.

Serguei Lavrov disse hoje que, por outro lado, a Rússia e os Estados Unidos estão perto de um acordo para evitar incidentes entre os respetivos aviões nos céus da Síria. “[O acordo] deverá estar operacional muito em breve”, disse o ministro, acrescentando que as formalidades serão concluídas hoje.

A afirmação de Lavrov, no entanto, contradiz uma outra, feita pouco antes pelo secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter. Segundo Carter, os Estados Unidos e a Rússia vão ter mais uma roda de negociações sobre essa questão. “As conversações estão progredindo, mas nada está decidido”, disse Carter na terça-feira à noite em Boston.

A Rússia lançou, em 30 de setembro, uma campanha de bombardeios aéreos na Síria com o objetivo de frear o avanço do grupo extremista Estado Islâmico, mas os Estados Unidos e seus aliados criticaram a entrada de Moscou no conflito, afirmando que o país está bombardeando grupos da oposição moderada, apoiados pelo Ocidente, em uma tentativa de reforçar a posição de Bashar al-Assad.

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