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Senadores republicanos criticam acordo com Credit Suisse por não exigir nomes

Internacional|Do R7

Washington, 22 mai (EFE).- Os senadores republicanos John McCain e Carl Levin, que lideraram a investigação sobre a evasão de impostos americanos pelo banco Credit Suisse, comemoraram nesta quinta-feira a multa imposta à entidade, mas criticaram que a identidade dos sonegadores que tinham as contas na Suíça tenham sido reveladas. "Embora estejamos satisfeitos de o Departamento de Justiça finalmente decidir fazer a Credit Suisse criminalmente responsável por ajudar na evasão de impostos, temos preocupações com o acordo anunciado", afirmaram os senadores em comunicado conjunto. McCain e Levin lideraram a investigação da Subcomissão Permanente de Investigações do Senado, que culminou com a sanção imposta esta semana ao banco suíço pelo Departamento de Justiça Americana no valor de quase US$ 2,6 bilhões. E manifestaram sua "incompreensão sobre por que o governo dos Estados Unidos não exigiu que, como parte do acordo, o banco revelasse os nomes de alguns clientes dos EUA que tinham com contas bancárias secretas". Levin e McCain sublinharam que a investigação indicou que mais de 20 mil americanos tinham contas no banco na Suíça, e que "ao não serem identificados, o acordo não oferece responsabilidade direta sobre esses impostos que eram sonegados". E finalizaram dizendo que "o acordo também não responsabiliza individualmente nenhum empregado ou executivo do banco pelo crime, o que faz surgir o questionamento se isso será suficiente para impedir condutas semelhantes no futuro". Segundo a investigação do Senado americano, o Credit Suisse facilitou a sonegação de bilhões de dólares em impostos de seus clientes americanos através de táticas duvidosas entre 2001 e 2008. O Credit Suisse criou contas secretas no exterior, ocultou informação dos entes reguladores e "não seguiu nem os passos básicos que a lei exige" para que seus clientes mais ricos não pagassem impostos, explicou o secretário de Justiça, Eric Holder. O acordo, anunciado na segunda-feira, foi fechado após longas negociações com o Departamento de Justiça, o Federal Reserve (o banco central americano) e o Departamento de Serviços e é a multa mais alta em um caso penal de falta de pagamento de impostos da história dos Estados Unidos. EFE afs/cd

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