Teerã e G5+1 decidem prorrogar negociações, segundo fonte iraniana

Teerã, 24 nov (EFE).- Teerã e o grupo G5+1 decidiram prolongar o prazo das negociações sobre o programa nuclear do Irã, assegurou uma fonte próxima da delegação iraniana à agência semi-oficial "ISNA". Segundo a fonte, que não foi identificada, as partes decidiram prorrogar as conservas, que deveriam ser finalizadas nesta segunda-feira com a assinatura de um acordo para colocar fim a mais de uma década de crise nuclear. Ontem, uma fonte da delegação negociadora iraniana disse à agência que se não fosse obtido até domingo à noite um texto definitivo, Teerã proporia uma extensão do prazo. "Se não chegarmos a um acordo político e geral antes da noite do domingo, se colocará em cima da mesa a proposta de prorrogar as conversas", afirmou a fonte, que também não foi identificada. Essa fonte disse que, levando em conta o limite de tempo e o grande volume dos detalhes e anexos do possível acordo, seria "impossível" se chegar a um pacto definitivo antes do fim da data limite, nesta segunda-feira. "Estamos tentando acertar as questões gerais do pacto, que incluem os princípios do acordo, os aspectos de enriquecimento, o número de centrífugas, o marco temporal das atividades, a forma de suspender as sanções, as operações em Fordo (usina nuclear)", explicou. Os ministros das Relações Exteriores e equipes negociadores das seis potências do 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Alemanha, França e Reino Unido) e o Irã continuaram hoje as longas reuniões para tentar finalizar um acordo. A maioria dos meios de comunicação e analistas descartam a possibilidade de se chegar a um texto definitivo, mas foi ventilada a hipótese de se conseguir um acordo base sobre o qual as partes seguiriam negociando os detalhes nos próximos meses. Esta negociação nuclear é a que mais aproximou as partes de uma solução para um conflito que vem aumentando nos últimos anos e que representou para o Irã duríssimas sanções econômicas e seu isolamento da comunidade internacional. As reuniões realizadas em Viena, na Áustria, são fundamentais para encerrar o principal obstáculo nas relações entre Irã e o mundo, e podem representar um primeiro passo para uma mudança estratégica e de alianças na região. Vários países do Ocidente acusam Teerã de querer produzir uma bomba atômica, enquanto o Irã assegura que só tem intenções pacíficas, como a geração de energia elétrica e a pesquisa medica. EFE aca-ar/dk