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Todas as regiões do planeta sofreram eventos extremos nos períodos chuvosos em 2021

Relatório da ONU avaliou o impacto das mudanças climáticas, ambientais e sociais nos recursos hídricos globais

Internacional|Do R7

Todas as regiões do mundo sofreram eventos extremos em seus ciclos chuvosos em 2021
Todas as regiões do mundo sofreram eventos extremos em seus ciclos chuvosos em 2021 Todas as regiões do mundo sofreram eventos extremos em seus ciclos chuvosos em 2021

Todas as regiões do mundo sofreram eventos extremos em seus ciclos chuvosos no ano passado, na forma de enchentes e secas, e bilhões de pessoas tiveram problemas no acesso a água doce — revela um novo relatório da ONU divulgado nesta terça-feira (29).

Grandes áreas do planeta tiveram um clima mais seco do que o normal em 2021, disse a OMM (Organização Meteorológica Mundial), agência das Nações Unidas, em seu primeiro relatório anual sobre recursos hídricos globais.

O relatório avalia o impacto das mudanças climáticas, ambientais e sociais nos recursos hídricos, para que possam ser mais bem geridos diante de uma demanda crescente.

"Os impactos das mudanças climáticas muitas vezes se manifestam por meio da água, com secas mais intensas e frequentes, inundações mais extremas, chuvas sazonais mais irregulares e aceleração do derretimento glacial, e têm efeitos em cascata nas economias, nos ecossistemas e em todos os aspectos da nossa vida cotidiana", afirmou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

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Cerca de 3,6 bilhões de pessoas também têm acesso "insuficiente" a água doce por pelo menos um mês por ano. Esse número pode ultrapassar os 5 bilhões em 2050, segundo o relatório.

Entre 2001 e 2018, 74% dos desastres naturais estavam relacionados à água, diz a ONU.

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Inundações devastadoras

O relatório da OMM analisou o fluxo dos rios em várias bacias do mundo e o comparou com a média do período hidrológico dos últimos 30 anos.

A superfície terrestre com fluxo fluvial abaixo da média era duas vezes maior que a superfície acima da média, observou a OMM.

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Por um lado, entre as áreas mais secas recentemente, o relatório destacou em detalhes "a área do rio da Prata, na América do Sul, onde uma seca persistente afetou a região desde 2019; o sul e o sudeste da Amazônia; e algumas bacias da América do Norte, como, por exemplo, os rios Colorado, Missouri e Mississippi".

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Por outro, "fluxos de rios acima do normal foram observados em algumas bacias na América do Norte, no norte da Amazônia e no sul da África (Zambezi e Orange), bem como na China (bacia do rio Amur) e no norte da Índia".

Quanto ao armazenamento subterrâneo de água — a água encontrada na superfície e no subsolo da terra —, as tendências negativas foram mais fortes que as positivas.

O armazenamento ficou abaixo da média dos últimos 20 anos na Costa Oeste dos Estados Unidos, no centro da América do Sul e na Patagônia, entre outras regiões. E foi maior do que o normal na bacia amazônica, na África central e no norte da China.

"Algumas das áreas críticas são agravadas pela superexploração das águas subterrâneas para fins de irrigação. O derretimento da neve e do gelo também tem um impacto significativo em várias regiões, incluindo Alasca, Patagônia e Himalaia", acrescentou a OMM.

A importância da criosfera

As maiores reservas de água doce do mundo estão na criosfera, ou seja, onde há gelo e neve, em geleiras, calotas polares, ou no permafrost.

O gelo das montanhas alimenta os rios e é fonte de abastecimento de água doce para 1,9 bilhão de pessoas, estima a OMM, de tal forma que seu derretimento afeta "a segurança alimentar, a saúde humana e a integridade e manutenção dos ecossistemas".

Por essa razão, a agência da ONU pediu às autoridades que acelerem a implementação de planos de alerta precoce para prevenir secas e inundações e para diminuir o impacto desses fenômenos extremos.

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