O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afastou nesta segunda-feira (7) qualquer possibilidade de recuar na estratégia tarifária adotada por seu governo. “Não estamos olhando para isso”, afirmou, ao ser questionado sobre uma eventual suspensão das tarifas impostas a parceiros comerciais.Mais cedo, a Casa Branca desmentiu boatos de que o republicano iria pausar as tarifas por 90 dias. Segundo ele, o uso de tarifas como instrumento de pressão tem funcionado: “Se eu não fizesse o que fiz com tarifas, ninguém iria tentar negociar.”Trump também disse que “alguns países vão pagar tarifas substanciais para os EUA” e sugeriu que muitas dessas medidas podem se tornar permanentes. “As tarifas podem ser permanentes ou podem ser submetidas a negociações”, declarou, mas apenas se os países afetados se comprometerem com acordos que julgue “justos”.O presidente norte-americano afirmou ainda que diversos países têm buscado conversar com Washington.A China voltou ao centro das críticas de Trump. Ele confirmou que as tarifas contra Pequim, anunciadas pela manhã, “serão somadas às anunciadas anteriormente” caso a China não remova a retaliação feita na semana passada.“A China precisa remover tarifas até meio-dia de amanhã” (horário de Washington). Segundo ele, o país asiático “colocou mais tarifas sobre as taxas ridículas que eles já têm”. Ainda assim, garantiu: “Tenho uma ótima relação com Xi Jinping e quero que continue assim.”A União Europeia também foi alvo. “Eles não nos tratam de maneira justa, então a resposta deles não é suficiente.”Segundo ele, o bloco europeu deverá assumir compromissos para importar mais energia dos EUA: “Temos mais geração de energia do que qualquer lugar do mundo. A UE terá que comprar energia dos EUA.”Mesmo ao defender o acordo comercial com México e Canadá, o USMCA, Trump voltou a se queixar: “Eles também se aproveitam dos EUA.”Ele insistiu que o país perde “cerca de US$ 1 trilhão por ano em acordos comerciais com a China” e acusou governos estrangeiros de adotar não só tarifas, mas “barreiras comerciais não monetárias” que dificultam o comércio. “Países que se aproveitaram de nós agora imploram por negociação sobre tarifas” concluiu.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp