Trump pede solidariedade e união após ataque em Las Vegas
Em discurso, presidente não falou sobre terrorismo ou controle de armas
Internacional|Da Ansa

Sem fazer referência nenhuma ao terrorismo, ao extremismo ou ao controle de armas de fogo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou nesta segunda-feira (2) o ataque ocorrido em Las Vegas que deixou mais de 50 mortos e 400 feridos, no maior tiroteio da história do país.
O magnata republicano fez um discurso oficial na Casa Branca nesta manhã, mais de 12 horas após o ataque em Las Vegas, que ocorrera às 22h locais de ontem.
Adotando uma postura totalmente pacífica, Trump pediu solidariedade e união aos norte-americanos, disse rezar pelas vítimas e elogiou o trabalho da polícia e das equipes de resgate.
— A ação milagrosa da polícia evitou mais mortes.
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O tom usado por Trump é o oposto de seus pronunciamentos anteriores, nos quais costumava acusar o terrorismo e o extremismo islâmico por episódios de violência no país. Dessa vez, ele cuidadosamente definiu a tragédia como um "ato de maldade".
O presidente informou que estará em Las Vegas na quarta-feira (4) e que o FBI e os departamentos internos estão trabalhando juntos nas investigações do tiroteio.
O republicano não deu informações sobre a linha seguida pela polícia, que havia descartado que o episódio fosse um atentado terrorista. Mas o grupo Estado Islâmico reivindicou o ato em suas redes sociais e afirmou que o atirador, um homem originário de Nevada, de 64 anos, Stephen Paddock, convertera-se ao Islã recentemente.
A família de Paddock, porém, disse estar chocada com o acontecido e que nunca o americano dera sinais de radicalismo religioso ou político.