Turquia: 28 pessoas são presas por escutas ilegais ao governo
Internacional|Do R7
Ancara, 20 jan (EFE).- A polícia turca deteve nesta terça-feira 28 empregados da direção de Telecomunições e de uma instituição pública científica, pelo suposto envolvimento em uma série de escutas ilegais aos máximos cargos do Estado. A operação policial começou em quatro províncias de forma simultânea e acabou com 22 detenções na direção de Telecomunicações (TIB) e seis no Conselho de Pesquisa Científica e Tecnológica (Tübitak), informa o jornal "Hürriyet" em sua versão digital. Os detidos são acusados de ter colaborado em operações de escuta policial ilegais contra os máximos responsáveis do Estado, como o presidente, Recep Tayyip Erdogan; o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu; o presidente do Tribunal Constitucional; Hasim ++Kiliç++, e o chefe do Estado-Maior, Necdet Özel. Nestas operações não só teriam sido realizadas escutas a telefones normais, mas também aos criptografados que são utilizados pela cúpula do governo e militar, especifica o citado jornal. Entre os detidos estão altos cargos como o anterior vice-presidente de Tübitak e o ex-vice-presidente do TIB. A operação policial faz parte do que Erdogan classifica de "luta contra o Estado paralelo", em referência às redes de simpatizantes do predicador islamita Fethullah Gülen, que durante anos foram dominantes na polícia e promotoria. Após anos com firmeza aliança, os seguidores de Gülen e seguidores de Erdogan encenaram uma aberta ruptura no final de 2013. Hoje também foi anunciada a substituição dos chefes de polícia de 15 províncias. No último ano, o governo destituiu ou realocou milhares de agentes, juízes e promotores suspeitos de ser seguidores de Gülen. EFE dt-iut/ff