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Ucrânia: brasileiro acusado de terrorismo apanha de nacionalistas

Rafael Lusvarghi foi condenado por terrorismo, mas o veredito foi cancelado. Ele estava escondido em um mosteiro

Internacional|Beatriz Sanz, do R7, com agências internacionais

Rafael lutou ao lado de separatistas ucranianos
Rafael lutou ao lado de separatistas ucranianos Rafael lutou ao lado de separatistas ucranianos

O brasileiro Rafael Lusvarghi, 33 anos, foi agredido por uma multidão de nacionalistas que incluía grupos ultranacionalistas nas ruas de Kiev, capital da Ucrânia, nesta sexta-feira (4).

Rafael, que era soldado da Polícia Militar de São Paulo quando vivia no Brasil, viajou para a Ucrânia para lutar pela criação da República Popular de Donetsk, uma região no sudeste do país, ao lado de separatistas ucranianos e milícias russas entre 2014 e 2015.

Ele voltou ao Brasil vindo pela Rússia, até que no fim de 2016, ele recebeu uma falsa proposta de emprego feita pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), o convidando a voltar para o país. Ele foi preso quando chegou ao aeroporto.

Na sequência, ele foi acusado e condenado a 13 anos de prisão por terrorismo. Em dezembro do ano passado, ele foi colocado em liberdade por conta de um recurso que dizia que ele tinha confessado alguns crimes sob tortura.

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A condenação foi cancelada e ele estava no país aguardando um novo julgamento. Os documentos do brasileiro estão sob a responsabilidade do governo ucraniano, portanto ele não pode voltar ao Brasil.

Nesta semana, Rafael foi descoberto por jornalistas da Radio Free Europe Radio Liberty vivendo em um mosteiro ortodoxo em Kiev .Os repórteres confrontaram o brasileiro, que inicialmente, negou sua identidade.

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Na entrevista, publicada no site da Rádio, ele afirmou que não sabe porque está livre. "Quando eu estava preso, li sobre a religião [Ortodoxa] e me tornei um homem de Deus”, disse ele, sobre estar vivendo no mosteiro.

Depois que a entrevista foi publicada e seu paradeiro descoberto, ele foi atacado por ultranacionalistas ucranianos que invadiram o mosteiro, cuspiram no pé de um dos padres e escoltaram Rafael até o prédio da SBU.

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Os homens ainda pegaram seus documentos e diários, enquanto transmitiam tudo pelo Facebook.

A multidão só se acalmou quando um representante da SBU apareceu e disse que fará uma investigação adicional sobre Rafael. Ele foi levado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, mas não se sabe para onde.

O governo ucraniano não se manifestou sobre as agressões sofridas pelo brasileiro ou sobre o julgamento dele.

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