![Exportação de grãos ucranianos foi retomada](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/YB2ZDW4QBZP4XAEXWVFMBAWHB4.jpg?auth=0fffc2fbc8e5932426f14a079d063569a4f797bde4b2b69aee21ee8152f0c6b8&width=1024&height=672)
As exportações de grãos ucranianos foram retomadas, nesta quarta-feira (2), depois que a Rússia voltou ao acordo mediado pela ONU e pela Turquia para estabelecer um corredor marítimo seguro no Mar Negro.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse ao Parlamento que as exportações de grãos seriam retomadas nesta quarta-feira, até o meio-dia, através do corredor, depois de um telefonema entre os ministros da Defesa turco e russo.
O Ministério da Defesa russo confirmou o retorno ao acordo após receber "garantias por escrito" da Ucrânia sobre a desmilitarização do corredor usado para o transporte de grãos.
"A Rússia considera que as garantias que recebeu até agora parecem suficientes e retoma a aplicação do acordo", declarou o Ministério em comunicado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, outro garantidor do acordo, "celebrou" a decisão da Rússia, assim como o governo americano.
"Em última instância, isso injetará ainda mais previsibilidade e estabilidade neste mercado e, o que é mais importante, exercerá uma pressão, para baixo, sobre os preços" dos alimentos em nível mundial, declarou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price.
O porta-voz americano pediu a Moscou que o acordo "não apenas volte a funcionar, mas que se renove no final deste mês".
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Desde que o pacto foi estabelecido, cerca de 10 milhões de toneladas de grãos ucranianos foram exportados pelo Mar Negro. O acordo permitiu aliviar a crise alimentar global desencadeada após a invasão da Ucrânia pela Rússia no final de fevereiro.
Sob os termos do acordo, os navios que entram e saem da Ucrânia são inspecionados por uma equipe conjunta de funcionários turcos, da ONU, ucranianos e russos.
Mas Moscou anunciou no último sábado (29) a suspensão da própria participação por tempo indefinido depois de acusar a Ucrânia de um ataque "maciço" à frota do país no Mar Negro ancorada na Crimeia.
Uma série de telefonemas nos últimos dias entre autoridades russas e turcas, incluindo um na terça-feira (1º) entre Erdogan e o presidente russo Vladimir Putin, e a mediação da ONU, parecem ter convencido Moscou a reconsiderar sua posição.
No entanto, Putin advertiu que a Rússia se reserva ao direito de "retirar-se" do acordo " em caso de violações dessas garantias", oferecidas pela Ucrânia.
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