União Europeia nega 'via rápida' para adesão da Ucrânia ao bloco
Governo de Kiev deseja entrada expressa do país como ação em resposta à invasão russa, que já entra na terceira semana
Internacional|Do R7
Líderes europeus descartaram nesta quinta-feira (10) o pedido da Ucrânia de aderir à União Europeia por meio de um procedimento expresso para responder à invasão russa do país, alegando que tal alternativa "não existe".
"Não há via rápida. Isso não existe", disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, ao chegar ao Palácio de Versalhes, onde uma cúpula do bloco está marcada para reafirmar o apoio à Ucrânia.
Em consonância com essa declaração, o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que "não podemos dar aos ucranianos a impressão de que tudo pode acontecer em um dia".
Chegando para a cúpula da União Europeia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os líderes do bloco discutirão a situação na Ucrânia como "um membro de nossa família europeia".
"Queremos uma Ucrânia livre e democrática, com a qual compartilhamos um destino comum", disse a alta funcionária alemã.
O pedido da Ucrânia de adesão "acelerada" à União Europeia expôs divisões claras dentro do bloco. O governo ucraniano apresentou formalmente um pedido de adesão, mas geralmente esse processo leva vários anos.
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Atualmente, Albânia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia são formalmente reconhecidos como países candidatos. No caso da Turquia, as negociações se arrastam há mais de duas décadas, mesmo que estejam virtualmente paralisadas desde 2016.
O último país a aderir à União Europeia foi a Croácia, em 2013, após as negociações, iniciadas em 2005, terem durado oito anos, até que os últimos capítulos tenham sido finalmente concluídos, em 2011.