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Zelenski diz que russos bombardearam região de Kherson 258 vezes em uma semana

Enquanto presidente denuncia ataques ao país, vencedora do Nobel da Paz pede mais armas para enfrentar Moscou

Internacional|Do R7, com informações da AFP e da Reuters

Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante discurso em evento
Presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, durante discurso em evento

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse nesta segunda-feira (28) que as Forças Armadas da Rússia bombardearam 30 áreas na região de Kherson, no sul do país, por pelo menos 258 vezes durante a última semana.

O Exército da Rússia se retirou da margem oeste do rio Dnipro no início deste mês, mas tem bombardeado cidades e vilarejos, incluindo a cidade de Kherson, de novos pontos na margem oposta.

Em discurso, Zelenski também disse que as forças russas danificaram uma estação de bombeamento que fornece água à cidade de Mykolaiv, a noroeste de Kherson, em mais um ataque contra infraestruturas vitais para o país.

Nobel da Paz pede armas para a Ucrânia

À medida que a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz se aproxima, a chefe de uma das organizações contempladas com a honraria pediu nesta segunda-feira que a comunidade internacional forneça armas à Ucrânia para ajudar o país a se defender e acabar com as atrocidades.


"Quando alguém me pergunta como acabar com esses crimes prolongados nos territórios ocupados, só posso responder: fornecer armas à Ucrânia para libertar esses territórios", disse à AFP em Estocolmo a advogada ucraniana de direitos humanos e presidente do Centro de Liberdades Civis, Oleksandra Matviitchouk.

"Devemos evitar mais danos à infraestrutura civil. E precisamos de sistemas de defesa antiaérea. Precisamos de outros tipos de equipamentos militares que possam nos ajudar a defender nossos céus", continuou.


A organização, colaureada neste ano com o Prêmio Nobel da Paz, assim como o defensor dos direitos humanos bielorrusso Ales Beliatski e a organização russa Memorial, receberá o prêmio em uma cerimônia em Oslo em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel.

"É uma situação estranha para mim e um sinal claro de que algo está errado com todo o sistema internacional quando uma advogada de direitos humanos pede sistemas de defesa aérea", concluiu.

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