JR ENTREVISTA: 'PMMA tem que ser banido do mercado', diz presidente do Conselho Federal de Medicina
José da Silva Gallo destacou que material sintético plástico usado em procedimentos estéticos precisa ser retirado do mercado
JR Entrevista|Do R7
O entrevistado do JR ENTREVISTA desta quarta-feira (5) é o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), José da Silva Gallo. Ao jornalista Yuri Achcar, ele falou sobre atestados digitais, uso do PMMA em procedimentos estéticos e sobre o aumento dos cursos de medicina no país.
Gallo destacou que o CFM quer que o polimetilmetacrilato, o PMMA, seja “banido” do mercado. O material sintético plástico é usado em procedimentos estéticos. “Ele tem que ser banido do mercado. Por quê? Primeiro que o Conselho Federal de Medicina não age com achismo. Tudo embasado em literaturas bibliográficas e na ciência. O PMMA quando é aplicado no tecido, ele entremeia no tecido e não consegue tirar mais”, destaca.
Ainda sobre procedimentos estéticos, Gallo enfatizou ser necessário que as pessoas pesquisem o nome do médico no site do CFM para saber se ele é qualificado. Lá, ele precisa achar o RQE, sigla para Registro de Qualificação de Especialista. “Se você entrar e não encontrar o RQE desse médico, sai de perto. Porque ele não está preparado”, disse. Segundo ele, a fiscalização é feita e o CFM tem cassado “cerca de três a quatro médicos por mês”, por diversos motivos.
O presidente do CFM ainda lamentou a quantidade de cursos de medicina no país. Segundo ele, muitos não oferecem uma formação adequada para esses futuros médicos. “Alguns anos atrás, você não tinha muita faculdade privada. Hoje é o que prevalece, 70% das escolas de medicina são privadas. E hoje, na realidade, um aluno que adentra numa escola e não recebe os ensinamentos mínimos necessários, ele será um péssimo médico”, afirmou. Por isso, ele explicou que hoje o CFM é a favor de um exame para que médicos possam exercer a profissão, a exemplo da prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), apesar de ter sido contra no passado. “Quer dizer, no Senado já tentaram duas vezes emplacar essa tese. E nessas duas vezes o CFM foi contrário. Agora, o CFM vai ser a favor? Favorável, total”, disse.
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