O agora prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), prestou solidariedade à família de Fuad Noman, morto nesta quarta-feira (26), após complicações de um câncer. Noman estava internado há 82 dias, tratando uma insuficiência respiratória aguda.“É um momento de muita dificuldade para todos nós. É a hora de confortar a dona Mônica, Paulo, Gustavo, os filhos e os netos. Precisamos pedir a Deus que conforte muito a família. Tenho certeza absoluta que o nosso prefeito já está nos braços de Deus. O momento agora é abraçar a família, os familiares”, disse Damião.Na porta do hospital onde o então chefe do executivo municipal estava internado, Damião lembrou da parceria com o político. “Estamos decretando luto oficial na Prefeitura de Belo Horizonte. Ficam as lembranças e os ensinamentos, que são muitos. As histórias boas, apesar da pouca convivência na campanha. Fica a certeza de ter convivido com um homem do bem, que pensava 24 horas em como melhorar a vida das pessoas”, destacou.Damião contou que o tratamento fez com que Noman pensasse ainda mais nas condições de vida da população mais pobre.“A mesma doença que o levou é a que fez com ele se preocupasse ainda mais com as pessoas mais simples da cidade, para que elas tivessem condições de fazer um tratamento semelhante ao que ele estava fazendo. É esse legado que fica”, declarou.Em 4 de julho de 2024, Fuad Noman revelou ter sido diagnosticado com câncer no sistema linfático, sem detalhar o tipo do tumor. O diagnóstico foi divulgado pouco antes do início da campanha pela reeleição. Na época, ele já havia feito cirurgia para retirada do nódulo.Durante a campanha, Noman passou por tratamento de quimioterapia, concluído em 14 de outubro, antes do segundo turno das eleições. Passado o segundo turno, entre 23 e 28 de novembro do mesmo ano, o prefeito foi internado no Hospital Mater Dei com dores nas pernas.No início de dezembro, o político ficou cerca de 10 dias internado com pneumonia e sinusite. Ele usou antibióticos venosos para combater as doenças. Na época, o prefeito também passou por reavaliação oncológica, que acusou remissão do câncer.No dia 19 de dezembro, Noman foi hospitalizado com sangramento intestinal, desidratação e diarreia. Segundo os médicos, a suspeita é que o quadro tenha sido causado pelo uso de anticoagulante oral. O prefeito chegou a ficar dois dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas sem uso de apoio respiratório. Ele recebeu alta médica no dia 23 de dezembro e passou o Natal em casa, de onde também estava trabalhando.Na posse, no dia 1º de janeiro, Fuad foi empossado prefeito pela segunda vez em cerimônia remota. O político apareceu em chamada de vídeo ao lado da esposa. Ele usava máscara de proteção no rosto e fez o juramento com dificuldade na fala.Na tarde do dia 03 de janeiro de 2025, Noman foi internado com insuficiência respiratória aguda e precisou de assistência respiratória. Ele estava internado desde então. Na noite desta terça-feira (25), Fuad sofreu uma parada cardiorrespiratória, o que agravou seu quadro de saúde. Segundo boletim médico, divulgado pelo hospital, a causa da morte foi “consequência das complicações médicas de um linfoma não-Hodgkin”.