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Alvo de pedido de cassação, vereador Léo Burguês renuncia ao cargo em BH

Decisão foi anunciada pelo parlamentar durante a reunião que iria definir a criação do grupo para avaliar a interrupção do mandato

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

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Parlamentar é investigado por suposto caso de "rachadinha" na Câmara
Parlamentar é investigado por suposto caso de "rachadinha" na Câmara

O vereador de Belo Horizonte Léo Burguês (União) renunciou ao cargo, na tarde desta quarta-feira (8). O anúncio foi feito durante a reunião que iria decidir a possível abertura de uma comissão para avaliar um pedido de cassação do mandato dele.

Com a renúncia, não houve abertura da comissão que avaliaria a possível cassação do legislado. Com isto, ele não perde os direitos políticos e terá direito a se candidatar a outros cargos eletivos nas próximas eleições.


Durante a reunião, Burguês exibiu um vídeo em que o ex-vereador Carlos Henrique (PTB) aparece, supostamente, informando a Azevedo que iria fazer um pedido de cassação do vereador Ciro Pereira (PTB) e sendo questionado. "Eu no meio desse negócio do Léo Burguês e vem você fazer isto", diz Azevedo na gravação. O contexto da conversa não fica evidente no vídeo.

"Quem deveria agir de maneira imparcial ao tratar esse processo trata com parcialidade. Aproveito para fazer a promoção pessoal em cima do nome de outro vereador. Como estamos aqui em um processo político, eu gostaria de renunciar ao meu mandato. Parabéns. Siga a sua vida", disse Burguês ao presidente da Câmara, vereador Gabriel Azevedo (sem partido), ao anunciar a saída e acusar Azevedo de ser parcial.


Azevedo avaliou a divulgação da gravação como uma "encenação".

Crimes


Quando a Câmara recebeu, no último dia 30 de janeiro, o pedido para derrubar o mandato de Burguês, o parlamentar havia alegado que era inocente e que não iria renunciar.

O pedido de cassação foi feito pelo advogado Mariel Marra, após a conclusão de uma investigação da Polícia Civil que indiciou Burguês por promover um suposto esquema de "rachadinha", em que recolhia parte do salário dos servidores.


O corregedor da Câmara, o vereador Marcos Crispim (PP), também pediu esclarecimentos a Burguês sobre a suposta participação dele em um campeonato de pôquer, no interior do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (3), enquanto o parlamentar estava presente, remotamente, em reunião do Legislativo.

A Polícia Civil também indiciou outras seis pessoas por participação no suposto esquema de rachadinha. Dentre elas, há servidores e ex-servidores do político. Agora, o caso está com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), que vai decidir se irá ou não denunciar os indiciados à Justiça.

Substituta

Com a saída de Léo Burguês, a cadeira dele na Câmara passará a ser ocupada pela arquiteta Janaína Cardoso (União), que foi casada com o deputado federal e ex-ministro do Turismo do Governo Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. Janaína disputou a eleição pelo PSL e recebeu 3.717 votos.

Entenda as investigações sobre "rachadinha" envolvendo Léo Burguês:

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