A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (28), que vai indiciar o cirurgião plástico responsável pelo procedimento que matou Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira em dezembro de 2021, no bairro Lourdes, na região centro-sul de Belo Horizonte.
Segundo o órgão, o inquérito policial foi concluído e a perícia técnica afirmou que houve "inobservância de determinação do Conselho Federal de Medicina". Sendo assim, o cirurgião plásticofoi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A irmã de Lidiane, Grazielle Mara Fernandes, foi uma das testemunhas ouvidas.Ela estava com a irmã na clínica e acusa o estabelecimento de negligência, já que Lidiane só foi encaminhada para o hospital oito horas após a cirurgia. A paciente teria saído da operação sentindo muita dor, embora ainda estivesse sob efeito de anestesia.
Relembre o caso
Lidiane Aparecida Fernandes, de 39 anos, foi operada no Instituto Mineiro de Obesidade, no bairro de Lourdes, na região centro-sul da capital mineira, no dia 7 de dezembro de 2021.
Horas depois das cirurgias, Lidiane apresentou complicações, teve uma parada cardiorrespiratória e precisou passar por manobras de ressuscitação. A paciente foi transferida em uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para um hospital particular, mas não resistiu. Lidiane foi enterrada no dia seguinte, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, cidade onde morava com a família.
Mais detalhes da investigação serão divulgados em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (28), às 14h.