Usuários do cartão de transporte BHBus reclamam dos créditos que expiraram durante o período em que ficaram sem trabalhar na pandemia. O saldo do cartão tem validade de até seis meses.
Os passageiros que utilizam o sistema de pagamento por cartão fizeram várias reclamações pela internet. Um dos usuários, que ficou quase cinco meses sem trabalhar, afirmou ter perdido mais de R$ 900 de saldo.
O presidente da AUTC (Associação de Usuários de Transporte Coletivo da Grande BH), Francisco Maciel, acredita que os créditos não deveriam ser expirados durante a pandemia. A associação promete entrar na Justiça contra o Executivo.
— Nós queremos que o DER (Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem) e a BHTrans suspendam a expiração de créditos na pandemia. É uma cláusula abusiva e é uma apropriação indevida de dinheiro do usuário.
O advogado Bruno Burgarelli, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, esclarece que a expiração de créditos regulamentada pela BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) não é ilegal, mas a medida pode ser questionada por conta da pandemia do novo coronavírus.
— Há a possibilidade desta medida ser revista por conta de um fato externo, como a pandemia. A renovação dos créditos é prevista nas próprias regras da BHTrans.
A Transfácil, consórcio que administra o transporte público da capital mineira, informou que, nos últimos 15 dias, mais de 20 mil pessoas procuraram a empresa tentando recuperar o saldo expirado e isso causou uma pane no sistema. O consórcio afirma que os usuários que tiverem problemas ao utilizar o saldo do cartão devem entrar em contato com a empresa.
*Estagiário do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli