Subiu para dez o número de corpos identificados após confronto entre uma quadrilha especializada em assaltos a banco e a polícia na zona rural de Varginha, a 320 quilômetros de Belo Horizonte.
A operação policial que surpreendeu os criminosos ocorreu no domingo (31), e os corpos de 26 mortos foram trazidos para identificação no IML (Instituto Médico-Legal) da capital mineira.
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Até o momento, de acordo com a Polícia Civil, o trabalho de reconhecimento dos corpos foi feito pelo instituto de identificação do órgão e pela Polícia Federal. Os corpos continuam no IML de Belo Horizonte, e os trabalhos de identificação dos demais 16 participantes seguem neste feriado.
Entre os mortos identificados até o momento, seis são de Minas Gerais – quatro de Uberaba e dois de Uberlândia. Há ainda pessoas vindas de Goiás, Maranhão, Rondônia e Amazonas. Todas as vítimas são homens com idade entre 24 e 37 anos.
Confira a lista de identificados até o momento:
1. Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG)
2. Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO)
3. Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO)
4. Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG)
5. Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG)
6. Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG)
7. José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA)
8. Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM)
9. Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG)
10. Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG)
"Desastre em massa"
Profissionais que atuam no IML de Belo Horizonte utilizam um protocolo semelhante ao que foi usado na identificação de vítimas de Brumadinho para conseguir reconhecer os corpos de integrantes de uma quadrilha qua planejava um mega-assalto em Varginha.
Os corpos das 26 pessoas deram entrada no IML da capital mineira entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira (1º) após uma troca de tiros na zona rural da cidade do sul de Minas. Agora os corpos são numerados e passam por necropsia, para que possam ser identificados.
O médico-legista à frente do processo de identificação, Marcelo Mari, classificou a ação realizada no IML como uma "operação de desastre em massa", por causa do grande número de corpos enviados ao local praticamente de forma simultânea.