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Governo de MG confirma a quarta morte por raiva humana em 2022

Vítima, uma menina de 4 anos, morava na zona rural de Bertópolis; todos os óbitos são de moradores da comunidade

Minas Gerais|Carlos Ortega*, da RecordTV Minas

A Secretaria de Estado de Saúde confirmou, nesta sexta-feira (17), a quarta morte por raiva humana em Minas Gerais, após dez anos sem óbitos causados pela doença. A vítima mais recente, uma menina de 4 anos, é da área rural de Bertópolis, a 669 quilômetros de Belo Horizonte, e morreu no dia 28 de maio. Todos as outras ocorrências são da mesma região.

Mordida de morcego pode transmitir a doença
Mordida de morcego pode transmitir a doença

Uma quinta ocorrência de raiva humana está sendo investigada em Teófilo Otoni, a 450 km de Belo Horizonte. Trata-se de um adolescente de 17 anos.

Segundo a secretaria, pelo menos seis casos foram analisados desde o começo do ano. Apenas um deles foi descartado.

A primeira vítima,um menino de 12 anos, morreu no começo de abril. Desde então,uma menina que também tinha 12 anose duas crianças de 4 e 5 vieram a óbito nos meses de abril e maio. Algumas das vítimas foram mordidas pelo mesmo morcego, em uma tribo indígena.


Araiva é uma doença causada por vírus e pode infectar tanto seres humanos quanto animais. A transmissão para os humanos se dá principalmente por meio da mordida de animais infectados, como morcegos, cães e gatos.

Segundo especialistas, os sintomas aparecem apenas depois de o vírus chegar ao cérebro, aproximadamente 45 dias após a infecção. No começo, a doença é parecida com uma gripe, causando mal-estar, dor de cabeça e febre. Aos poucos, o vírus compromete a função cerebral, levando a vítima a um coma. A taxa de mortalidade da raiva humana é de quase 100%.


O estado de Minas Gerais não registrava casos da doençahavia mais de dez anos. Em resposta, a Secretaria Estadual de Saúde informou que tinha enviado mais doses da vacina antirrábica humana para a comunidade rural de Bertópolis.

Até o momento, 98,5% da população da região foi imunizada com a primeira dose e 90,6% com a segunda. O intervalo entre as doses é de sete dias. Além dos humanos, 755 cães e gatos da região foram vacinados.

*Estagiário sob supervisão de Pablo Nascimento

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