Interpol inclui na lista de desaparecidos nome de fotógrafo brasileiro sumido há nove dias
Flávio de Castro foi visto pela última vez na capital da França; relação divulga alerta de desaparecimento para 196 países
Minas Gerais|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
A Interpol incluiu o nome do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa na lista de pessoas desaparecidas mantida pela organização internacional. A chamada “Difusão Amarela” permite que informações, como idade, nacionalidade e possíveis locais visitados, sejam enviadas a mais de 196 países.
O brasileiro foi visto pela última vez em 26 de novembro, em Paris, capital francesa. A companhia aérea confirmou que Flávio chegou a fazer check-in no voo para o Brasil, mas não embarcou. A polícia francesa iniciou as buscas pelo fotógrafo em necrotérios, hospitais, centros psiquiátricos e centros sociais.
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A inclusão dos dados foi feita a pedido da Polícia Federal, que atua em conjunto com as autoridades francesas para tentar localizar Sousa Castro. Segundo o sócio de Flávio, Lucien Esteban, as informações demoram a chegar. “Eles têm nos ajudado. É claro que as informações talvez não sejam tão rápidas quanto gostaríamos, tanto nós quanto a família. [...] Para a gente, começa a ficar um pouco desesperador não ter esse retorno, mas eles sempre nos falam que estão se movimentando, que está sendo feito algo”, destacou Esteban.
Caso a população tenha alguma notícia sobre o paradeiro do brasileiro, a Interpol recomenda entrar em contato com as polícias brasileira ou francesa.
Malas
As bagagens de Flávio foram localizadas perto do apartamento onde ele estava hospedado, e os pertences foram abertos nesta terça-feira (3), na embaixada do Brasil na cidade francesa, na presença de autoridades.
Ainda de acordo com o sócio, os dois viajaram a trabalho. Eles fotografaram um casamento no dia 4 de novembro. O mineiro estendeu a viagem para tirar férias na cidade e retornaria para Belo Horizonte em 26 de novembro.
“Ele tinha uma mala de mão, uma mala despachada e uma mochila. Foram os mesmos volumes que foram encontrados no apartamento, que inclusive estão travados. Já orientaram e ninguém quis abrir sem a presença de um órgão oficial, para não haver nenhuma violação”, explicou Esteban.
O passaporte do mineiro também estava no apartamento, junto com as bagagens. O celular do fotógrafo foi encontrado em frente a um restaurante.