Justiça determina quebra de sigilo telefônico do suspeito de matar gari em BH
Decisão atende a um pedido da Polícia Civil; bloqueio de bens ainda está sendo analisado pelo TJMG
Minas Gerais|Bruno Menezes, da RECORD MINAS
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do Tribunal do Júri de Belo Horizonte, determinou nesta quarta-feira (15), a quebra de sigilo telemático e telefônico do empresário Rene da Silva Nogueira Junior, suspeito de atirar e matar o gari Laudemir Fernandes, na última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte. A decisão atende a um pedido da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais), com parecer favorável do Ministério Público.
A decisão prevê que a montadora do veículo que Renê utilizava e a operadora de telefonia forneçam informações do sistema de rastreamento do celular e do carro do dia 11 de agosto, de 07h00 às 16h00, período que o crime teria ocorrido. A magistrada pede ainda que as informações incluam as rotas percorridas pelo veículo, comandos de voz, velocidade empreendida, registros de chamadas e demais dados telemáticos constantes no sistema.
Por meio de uma rede social, o advogado da família do gari, Thiago Lenoir, comemorou a decisão e disse que pediu na Justiça o bloqueio de bens do suspeito. O pedido continua sendo analisado.
“O meu escritório solicitou também o bloqueio de bens e valores do investigado e de todas as outras pessoas que estão envolvidas neste caso. É para reparar o mínimo para a família do Laudemir, sobretudo para a mãe dele, dona Irani, uma idosa, doente e que necessita demais (de apoio)”, disse o advogado.
Relembre
Renê da Silva foi detido nesta segunda-feira (11) como suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte.
Durante o depoimento à equipe do DHPP (Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), o empresário negou que tenha cometido o crime. A informação foi divulgada pela Polícia Civil, na tarde desta terça-feira (12), durante entrevista coletiva.
Apesar de negar a autoria do crime, outros elementos reunidos pela investigação, como a identificação por testemunhas, possibilitaram a ratificação da prisão em flagrante.
A Justiça de Minas Gerais converteu em preventiva a prisão do empresário. A decisão aconteceu durante audiência de custódia, na manhã desta quarta-feira (13). A decisão é do juiz Leonardo Damasceno, que acatou o pedido do Ministério Público.
Segundo o juiz, a prisão preventiva é necessária para a garantia da ordem pública, considerando a gravidade do caso. Ainda segundo a decisão, a conduta do suspeito abala profundamente a tranquilidade social e gera um sentimento de insegurança na comunidade, indicando que a liberdade do autuado, neste momento, representa um risco real à ordem pública.
Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos,foi enterrado sob aplausos, na tarde de terça, em Contagem, na Grande BH. Colegas de trabalho e familiares vestiram o uniforme usado durante a coleta de lixo para homenageá-lo.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp



