O Governo de Minas anunciou, nesta sexta-feira (28), que vai destinar R$ 2,5 bilhões do acordo com a Vale para obras nas cidades da bacia do rio Paraopeba, atingido pelos rejeitos da barragem de Brumadinho, que rompeu em janeiro de 2019.
A informação foi confirmada pelo governador Romeu Zema (Novo) durante visita a Pompéu, a 166 km de Belo Horizonte. O valor será repassado para 25 municípios da região, e as prefeituras e comunidades terão um prazo para apresentarem seus próprios projetos. Segundo a secretária de Estado de Gestão e Planejamento, Luísa Barreto, já foram enviados 145 propostas.
— Essas propostas vão passar agora por um processo de priorização com escuta à população. Esperamos que até o final do ano a gente tenha uma definição de quais serão esses projetos para execução ao longo de todo o ano de 2022.
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Quase R$ 80 milhões do valor total já será empenhado em projetos para o município de Pompéu nas áreas da Saúde, Educação, Agricultura, entre outras. Parte desta verba será utilizada para estruturar as salas de urgência das unidades de saúde da cidade.
Romeu Zema avaliou que o Governo de Minas ‘não está recebendo um real’ do acordo com a Vale e que todos os esforços são destinados a reparar, na medida do possível, os danos sofridos pela população por conta da tragédia de Brumadinho.
— A minha visão sempre foi: o povo mineiro é quem foi afetado, que tudo seja feito em prol dele. Estamos ansiosos por isso e tenho certeza que os deputados terão condições de analisar e votar o quanto antes a proposta. O povo mineiro é que vai ganhar.
Acordo com a Vale
Após quatro meses de negociações, Vale e Governo de Minas assinaram, no início de fevereiro, o acordo de reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem, em Brumadinho, em janeiro de 2019. O valor de R$ 37 bilhões, ficou abaixo dos R$ 54 pedidos pelo Estado e acima das duas propostas feitas pela mineradora.
O valor deve ser destinado a obras que vão beneficiar as populações atingidas pela tragédia. Algumas das propostas de uso incluem o Rodoanel da Grande BH e as intervenções contra enchentes na capital mineira e em Contagem. O uso destes recursos precisa ser aprovado pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais).
*Estagiário do R7, sob supervisão de Pablo Nascimento