Morreu, nesta quarta-feira (15), o idoso de 66 anos que estava internado, em Belo Horizonte, há mais de 500 dias devido à intoxicação com cervejas da Backer. José Osvaldo de Faria é a nova vítima oficial das contaminações.
Segundo informações da família, Faria consumiu a bebida em fevereiro de 2019 em um sítio, onde já teria apresentado os primeiros sintomas.
O idoso ficou na UTI (unidade de tratamento intensivo) até o final do último mês de junho, quando foi transferido para um quarto. Durante o tratamento, Faria teve cinco paradas cardiorespiratórias, nove pneumonias, perdeu a visão e teve paralisia nas pernas e no rosto.
Segundo parentes, a família não recebia apoio financeiro da Backer. A reportagem procurou a empresa, mas não teve retorno.
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O caso de Faria está entre os mais antigos relacionando à contaminação. No entanto, no início, quando ele começou a apresentar os sintomas, os médicos não sabiam o que o idoso tinha.
Hoje, se um paciente que chegou a consumir cervejas como a Belorizontina dá entrada no hospital com sintomas de insuficiência renal e paralisia, um exame de sangue específico pode apontar a presença da substância dietilenoglicol e o tratamento é feito com base nesse diagnóstico.
Investigações
O primeiro inquérito da Polícia Civil sobre o caso foi concluído no dia nove de junho. Os três sócios e sete funcionários da Backer foram indiciados. A primeira fase da investigação considerou 29 intoxicados e oito mortes. Outros casos, no entanto, podem ser incluídos nas próximas etapas das apurações.