Operação desarticulou quadrilha
Reprodução/MPMGPoliciais civis, militares, despachantes, comerciantes e donos de pátio de apreensão de veículos em Santa Luzia e Lagoa Santa, na Grande BH, são alvo do MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) em uma operação realizda nesta quinta-feira (28).
Foram expedidos 46 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária, que foram cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, Caeté, Lagoa Santa, Sabará, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas e Vespasiano. Ainda não há números finais para a Operação Cataclisma, como ficou conhecida.
O Ministério Público também determinou o afastamento de sete servidores da Prefeitura de Santa Luzia que eram cedidos ao Detran e são investigados por envolvimento no esquema.
Houve, ainda, a determinação do bloqueio de R$ 16.851.552,84 dos investigados a fim de assegurar a perda dos produtos dos crimes. O valor se refere à quantia aproximada das movimentações financeiras dos investigados, feitas sem comprovação de origem.
Esquema
Segundo o Ministério Público, a quadrilha era investigada há mais de três anos por cobrança e recebimento de propina para a liberação e transferência de veículos, desvio de peças e equipamentos de veículos apreendidos, participação nos lucros e recebimento de propina de pátios de apreensão, inserção de dados falsos nos sistemas informatizados do Detran, obstrução de investigação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em nota, a Polícia Civil disse que participou da Operação Cataclisma e que os policiais civis presos foram encaminhados para a Casa de Custódia do Policial Civil.