Paralisação dos metroviários já gerou prejuízo de R$ 12 milhões, afirma CBTU
De acordo com a assessoria do Sindimetro, nada ficou definido na reunião que aconteceu em Brasília na tarde de quarta-feira (08)
Minas Gerais|Maria Luiza Reis, do R7 e Kauê Miranda*, da Record TV Minas
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais informou que a greve dos metroviários já causou um prejuízo de cerca de R$ 12 milhões durante os 24 dias de paralisação. E esse número aumentará, uma vez que o movimento vai continuar ao menos até esta sexta-feira (10), conforme decidido em Assembleia realizada nesta quinta-feira (9).
De acordo com a assessoria do Sindimetro, nada ficou definido numa reunião que aconteceu em Brasília na tarde de quarta-feira (8), apesar de as conversas terem avançado consideravelmente. Os metroviários exigem a manutenção dos contratos de trabalho com a CBTU e a implantação de um PDV (programa de demissão voluntária).
Ainda segundo o Sindimetro, uma nova assembleia está marcada para esta sexta (10), na Estação Central. A suspensão da greve ocorrerá caso haja a garantia, por meio de documento, do adiamento da assinatura do BNDES, que repassa a empresa pública CBTU/MG à Comporte, empresa privada que venceu o leilão do metrô de Belo Horizonte. Alda Fernandes, presidente do sindicato, falou sobre o assunto:
"Precisamos de tempo hábil para que a gente possa solucionar os problemas dos empregados. Se o adiamento da assinatura do contrato acontecer, sábado retornamos ao trabalho".
Durante a assembleia, os metroviários fizeram um apelo ao governo federal para que solucione as reivindicações propostas. "Faço um pedido ao presidente: que ele nos receba e que assuma o compromisso que fez com os metroviários de não privatizar o metrô”, reforçou Alda.
A CBTU informou que vê a continuidade do movimento como preocupante. Uma nova reunião entre o Ministério Público do Trabalho, o Sindimetro e a CBTU acontecerá no dia 16 de março.
*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis