Perícia da Polícia Civil ainda depende da remoção de escombros de viaduto
Investigadores aguardam retirada de tabuleiro e escavação para chegar ao pilar afundado
Minas Gerais|Do R7

Em coletiva nesta sexta-feira (25), os delegados da Polícia Civil que coordenam as investigações sobre a queda do viaduto Guararapes, na avenida Pedro I, em Belo Horizonte, explicaram que a perícia só poderá avançar quando as estruturas que permanecem no entorno do pilar que afundou forem retiradas. Quando os investigadores tiverem acesso à área escavada é que se poderá determinar um prazo para a conclusão dos trabalhos, quando a polícia pode pedir o indiciamento de responsáveis.
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Os delegados Hugo e Silva, regional de Venda Nova, e Marcos Paiva, diretor do Instituto de Criminalistica, afiram que a retirada dos escombros é cautelosa, por causa dos riscos de atuação na área e para minimizar os impactos para a vizinhança.
— Só conseguiremos chegar a uma conclusão quando escavarmos o entorno do pilar que afundou. Vamos escavar cerca de três metros e meio de profundidade até chegar na cabeça das estacas deste bloco.
Nesta fase do estudo, os policiais poderão verificar se está correto o laudo apresentado pela Cowan, que afirma que foi usado apenas do 10% do aço necessário para o bloco. Com isso, apenas dez das duas estacas de contenção receberão todo o peso previsto, de cerca de 3.000 toneladas, e desabaram. O erro provocou a morte de duas pessoas e feriu 23. Os policiais não vão usar o estudo da empresa para finalizar o trabalho. A Cowan, que executou a obra, culpa a Consol, empresa responsável pelo projeto-executivo. A Consol rebate a responsabilidade.
A demolição da alça que permaneceu de pé não interfere na perícia, segundo a Polícia Civil. Como o pilar que afundou tem estrutura semelhante, a alça que restou pode ser demolida. Só atrapalharia o trabalho dos peritos se houvesse intervenção no pilar afundado.