Quase metade (47%) das cidades mineiras que decretaram emergência devido ao avanço da dengue estão na Grande BH ou na região central do estado. Os dados são da SES-MG (Secretaria Estadual de Saúde). Segundo a pasta, até esta terça-feira (20), 71 municípios entraram em alerta. Destes, 34 estão nas regiões citadas (veja a lista abaixo). Na prática, a declaração autoriza o poder público a agilizar processos de contratação de pessoal e compra de produtos para combater o problema. Eduardo Prosdocimi, diretor de Vigilância em Saúde da SES-MG, explica que o dado está ligado à concentração populacional das regiões. "Aqui temos um maior contingente de pessoas buscando por atendimento médico, mas todas as regionais possuem alta incidência do vírus", ponderou. Prosdocimi destaca que a região central se junta ao Vale do Aço na liderança de pessoas infectadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti. A região tem oito cidades com decreto de emergência em vigor. O cenário levou o Ministério da Saúde a eleger 22 cidades regionais como prioritárias para receber a vacina contra a dengue pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Apesar de outros estados já terem iniciado a imunização, Minas aguarda o medicamento para o início de março. Mas enquanto a dengue é mais comum na região central, no Vale do Aço a atenção se volta para a chikungunya, explica Prosdocimi. "Em 2023 tivemos o primeiro ano com a chikungunya predominando em Minas Gerais. O vírus entrou, claramente, pela região nordeste e caminhou para o norte. Como a população de lá já teve contato com o vírus, o número de casos tende a reduzir enquanto o vírus caminha em direção ao Vale do Aço, que está muito próximo destas áreas", detalhou. O Governo de Minas Gerais estima que o pico da dengue no estado deve acontecer até o início de março, mas a atual epidemia deve chegar ao fim entre abril e maio, com o fim da temporada de calor e chuva. Os dados mais recentes da SES-MG, desta terça-feira, apontam que o estado que tem 853 cidades está com 80.589 casos confirmados de dengue. Vinte pessoas morreram até o momento. Outros 136 óbitos estão em investigação. A chikungunya matou quatro pessoas no estado e infectou outras 17.688. Já os casos confirmados de zika somam 6 e não há registro de morte neste ano até o momento. Belo Horizonte Sabará Jaboticatubas Contagem Crucilândia Juatuba Mateus Leme Mariana Lagoa Santa Vespasiano São José da Lapa Matozinhos Brumadinho Sarzedo Taquaraçu de Minas Betim Santa Luzia Barão de Cocais Itabira João Monlevade São Gonçalo do Rio Abaixo Santa Maria de Itabira Araçaí Baldim Capim Branco Curvelo Felixlândia Inimutaba Jequitibá Papagaios Paraopeba Presidente Juscelino Santana de Pirapama Sete Lagoas Guaxupé Machado Monte Belo Caratinga Ipatinga Inhapim Mesquita Dom Cavati Piedade de Caratinga Santana do Paraíso Timóteo Gouveia Cláudio Perdigão Arcos Itapecerica Bom Despacho Córrego Fundo Santo Antônio do Monte São Francisco Patis Montes Claros Bocaiúva Glaucilândia Passos Ibiaí Lassance Ponto Chique Raul Soares São José do Alegre São João del-rei Pedrinópolis Chapada Gaúcha Carvalhos Itamonte Campanha Varginha