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Sindicato dos professores estaduais anuncia "greve sanitária" em MG

Líder da categoria afirma que retorno das aulas presenciais na segunda (12) é "irresponsabilidade"; Governo rebate críticas

Minas Gerais|Célio Ribeiro*, do R7

Aulas virtuais continuam durante "greve sanitária"
Aulas virtuais continuam durante "greve sanitária"

O Sind-Ute/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) anunciou, nesta quarta-feira (7), que os professores da rede estadual de ensino irão realizar uma “greve sanitária” contra a retomada das aulas presenciais, prevista para a próxima segunda-feira (12).

A categoria fará a paralisação durante uma semana, entre os dias 12 e 17 de julho, mas, apesar disso, as aulas no ensino remoto não serão paralisadas. A coordenadora-geral do sindicato, professora Denise Romano, classificou a reabertura das escolas neste momento da pandemia da covid-19 como “irresponsabilidade”.

— Essa greve é para defender a vida da categoria e dos nossos alunos, além de impedir que o Governo de Minas faça um balão de ensaio, um grande experimento como esse, principalmente em municípios e macrorregiões com sistemas de saúde pressionado.

O Conselho Geral do Sind-Ute/MG também aprovou a realização de uma avaliação dos impactos da greve sanitária para o dia 28 de julho


Veja: Greve sanitária afetou 10% das escolas de BH, diz prefeitura

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que vai acompanhar a adesão à greve nas escolas estaduais, mas reafirmou que o processo de retomada das atividades presenciais segue como planejado “com todo o cuidado e segurança”. A pasta alega que as aulas presenciais estão sendo realizadas de maneira “segura, híbrida, gradual e facultativa” e regido por um “checklist criterioso”.


Aulas presenciais em Minas

A retomada das atividades presenciais no Estado foi autorizada pela Justiça após uma longa disputa entre Governo de Minas e o sindicato dos trabalhadores da Educação. Inicialmente, apenas as cidades que estavam nas ondas verde e amarela do plano Minas Consciente poderiam ter aulas presenciais, mas o Estado acabou flexibilizando a autorização para abranger as cidades na onda vermelha.


A retomada das atividades presenciais depende da autorização das prefeituras. Os prefeitos que não forem autorizar o retorno das aulas deverão publicar um decreto restringindo as atividades. A Secretaria de Estado de Educação irá publicar, diariamente, uma lista atualizada com as instituições de ensino que estiverem promovendo aulas presenciais.

*​Estagiário do R7 sob a supervisão de Flavia Martins y Miguel.

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