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Assessor parlamentar suspeito de estar envolvido em morte de torcedor será exonerado

Boletim da Polícia Militar aponta que vídeos mostram Marcos Vinícius impedindo uma pessoa de prestar socorro à vítima

Minas Gerais|Bruno Menezes, da Record Minas

Marcos Vinícius foi condenado em 2013 por morte de torcedor
Marcos Vinícius foi condenado em 2013 por morte de torcedor Reprodução/Redes Sociais

O assessor parlamentar, suspeito de estar envolvido na morte de um torcedor durante um confronto de torcidas organizadas no Barreiro, no último sábado (2), será exonerado. A informação foi confirmada, em nota, pelo vereador César Gordin (Solidariaedade). Marcos Vinicius Oliveira de Melo trabalha no gabinete de Gordin, ex-presidente da Torcida Organizada Galoucura (TOG). 

O nome de Marcos Vinicius, conhecido como "Vinicin", consta no portal da Transparência da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) como assessor parlamentar do vereador, recebendo o valor mensal de R$ 4.222,30. 

No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, consta que vídeos mostram Marcos Vinícius impedindo uma pessoa de prestar socorro a Lucas Elias Viera Silva, de 27 anos, que foi baleado e acabou morrendo após o confronto. Vinicin já tem antecedentes e foi condenado em 2013 a 17 anos de prisão por participar da morte do torcedor Otávio Fernandes, em 2010, na região Centro-sul de Belo Horizonte.

Em 2018, ele respondeu a outro inquérito que apurou um novo caso de agressão contra um torcedor no bairro Prado, na região Oeste e Belo Horizonte. A juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira considerou que Marcos não agiu para querer matar a vítima, mas aplicou uma pena menor a ele, de um ano e quatro meses. 


Procurada, a Câmara Municipal de Belo Horizonte afirmou que não vai se posicionar sobre o assunto. O vereador César Gordin (Solidariedade) afirmou que decidiu pela demissão imediata do assessor e lamentou a tragédia de sábado. "Espero que a Justiça seja justa, punindo os culpados na medida de suas ações e com base nos fatos que aconteceram ali", disse em nota. 

Confira a nota na íntegra: 


"Como todos sabem e eu tenho orgulho de dizer, construí minha trajetória no esporte e na Torcida Galoucura. Fui lutador profissional, professor de luta, presidente da torcida entre 2012 e 2016, período em que não houve nenhuma morte por briga de torcida em Minas Gerais. Sempre fui ponderado nas minhas posições, prezando pelo diálogo, respeito ao dinheiro público e a legalidade.

No meu gabinete, trabalham várias pessoas que passaram por essa trajetória comigo, exercendo diferentes funções. Dei oportunidades para que quem cometeu erro no passado, a fim de que tivesse oportunidade de trabalho digno para sustentar sua família.


Entretanto, lidero meus assessores e atletas pelo exemplo, e não aceito participação em briga de qualquer tipo, como a que ocorreu no sábado (02/03).

Não sou polícia, nem Justiça para investigar ou julgar ações de quem trabalha em meu gabinete fora do seu horário de trabalho, em sua vida privada. Mas, até que todos os fatos sejam apurados e identificados os responsáveis, decidi pela demissão imediata do meu assessor, que foi citado como tendo tido envolvimento na briga do final de semana. 

Certo de que a recuperação e a ressocialização de qualquer um que cometeu um erro no passado passa pelo esporte, seguirei firme com meus projetos sociais, formando cidadãos e campeões do esporte.

Torço para que as autoridades escutem mais as torcidas, para que brigas não ocorram mais. Esse é um fenômeno social complexo e para ser de fato resolvido não deve ser tratado com soluções simplistas.

Por fim, reforço que lamento muito a tragédia de sábado, e espero que a Justiça seja justa, punindo os culpados na medida de suas ações e com base nos fatos que aconteceram ali."

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